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Em dois meses, a presidenta Dilma Rousseff será recebida nos Estados Unidos com honras de chefe de Estado. A visita está marcada para 23 de outubro. O último brasileiro recebido da mesma forma foi o então presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1995. A honraria é concedida pelos norte-americanos a raras autoridades, pois envolve uma série de situações relacionadas ao cerimonial.
De acordo com diplomatas brasileiros, a organização da visita está adiantada – a última reunião ocorreu em julho. Dilma deverá ser recebida na Casa Branca com um tapete vermelho e homenageada com um jantar de gala. Também terá momentos de retribuição às homenagens que receberá, como ao depositar flores no obelisco – monumento em memória aos heróis de guerra.
Os preparativos da visita são organizados nos mínimos detalhes, entre eles as preferências da presidenta para o cardápio e o gosto musical. Em maio, quando o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, foi a Washington (Estados Unidos) e esteve com o secretário de Estado, John Kerry, ficou definida a data da visita de Dilma.
Na ocasião, Kerry ressaltou a importância do Brasil na reconstrução do Haiti, que em 2010 sofreu os impactos do pior terremoto de sua história recente, e na busca por uma solução negociada na Síria, que vive em conflito há dois anos com mais de 90 mil mortes.
“Eu conheço o Brasil, que é um país de que gosto muito. É fascinante, com cultura muito diversificada e enorme energia econômica, assim como energia de vida”, disse Kerry, que admitiu ainda ser fã do futebol brasileiro. “E a Copa do Mundo fascina a todos nós. Eu vou encontrar uma maneira de estar lá durante esse período [da Copa de 2014]”, brincou.
Antes da visita de Dilma aos Estados Unidos, ela deve participar, em Nova York, em setembro, da Assembleia Geral das Nações Unidos. Mas o caráter da visita não é de chefe de Estado.
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