Política

Dilma Rousseff aproveita evento para criticar Estado

A presidente culpou "uma teoria divulgada ao longo das décadas de 80 e 90", segundo a qual o Brasil não tinha renda para bancar sistemas de metrô, pela falta do transporte na capital

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 31/07/2013 às 23:00

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A presidente Dilma Rousseff (PT) usou o evento em que prestou socorro financeiro e político ao prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para criticar o Metrô da capital, em ataque inominado ao governo paulista, comandado por Geraldo Alckmin (PSDB).

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Dilma culpou "uma teoria divulgada ao longo das décadas de 80 e 90", segundo a qual o Brasil não tinha renda para bancar sistemas de metrô, pela falta do transporte na capital paulista. O governo do Estado, responsável pelo Metrô, é comandado pelo PSDB desde 1995.

"Como é possível uma cidade do tamanho de São Paulo sem transporte metroviário, sem um transporte que recorte a cidade em toda a sua extensão?", indagou Dilma, na Prefeitura de São Paulo. "Essa teoria de que o Brasil não tinha renda suficiente é responsável pelo fato de sermos a maior cidade do mundo com o menor sistema de transporte metroviário do mundo."

A petista ainda afirmou que, sem metrô não é possível interromper "processos de marginalização social que empurram as pessoas para as periferias".

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Dilma Rousseff criticou o Metrô da capital, em ataque ao governo paulista, comandado por Geraldo Alckmin (PSDB) (Foto: Agência Brasil)

Alckmin não participou de nenhum evento público após o discurso de Dilma. Antes das declarações da presidente, o tucano fora indagado sobre recursos federais para investimento em mobilidade urbana no Estado e disse estar "bastante otimista" com a perspectiva de o governo federal atender ao pleito do Estado para a liberação de verbas para três projetos de mobilidade urbana, um deles no Metrô.

Em nota, o Metrô afirmou que "o Brasil é o único país em que o governo federal não participa diretamente da construção do Metrô". "Em São Paulo, o governo federal se limita a emprestar para o governo estadual dinheiro que será pago com impostos dos contribuintes".

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O presidente do PSDB paulista, Duarte Nogueira, disse que as críticas de Dilma são "enviesadas e inverídicas para fazer palanque na presença do Haddad, que enfrenta uma situação de dificuldade".

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