Política

Dilma: queremos continuar a ser um país de classe média

A presidente e candidata à reeleição pelo PT afirmou ainda que foi eleita para "dar continuidade aos avanços do governo Lula"

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 18/08/2014 às 21:55

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A presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, afirmou nesta segunda-feira, 18, que, a despeito de dados considerados negativos para a economia brasileira atual, a expectativa é de uma melhora no segundo semestre deste ano. Segundo ela, há duas coisas acontecendo no momento que rechaçam o pessimismo. "Há uma melhoria prevista para o segundo semestre e os indicadores antecedentes indicam uma recuperação", afirmou, durante entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo.

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Questionada sobre números negativos - como previsão de crescimento abaixo de 1% e com a inflação perto do teto da meta -, Dilma rebateu e disse aos jornalistas "não sei de onde são os seus dados". "Nós enfrentamos a crise não desempregando, não arrochando salários, não aumentando tributos", disse.

Dilma afirmou ainda que foi eleita para "dar continuidade aos avanços do governo Lula". "Ao mesmo tempo preparamos o Brasil para um novo ciclo de desenvolvimento", disse. De acordo com a presidente, o governo petista criou condições para que o Brasil dê um salto, colocando a educação no centro de prioridades. "Queremos continuar a ser um País de classe média", afirmou.

A presidente gastou boa parte do tempo da sua entrevista repetindo os números do programa Mais Médicos, mas reconheceu de que não há dúvida de que é preciso melhorar a saúde. "Nós tivemos e ainda temos muitos problemas e desafios a enfrentar na saúde. Acredito que enfrentamos um dos mais graves, pois na saúde você pode ter tudo mas se não tiver médico, não tem atendimento", disse. Segundo Dilma, com o programa Mais Médicos, 50 milhões de brasileiros que não tinham atendimento hoje têm. "Tivemos uma atitude muito corajosa."

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'Queremos continuar a ser um país de classe média', afirmou Dilma Rousseff (Foto: Agência Brasil)

Dilma usou ainda uma frase similar à utilizada pelo então candidato Eduardo Campos, morto em acidente aéreo na semana passada, para encerrar a sua entrevista. "Eu acredito no Brasil. Todos nós precisamos acreditar no Brasil e diminuir o pessimismo", afirmou, pedindo voto para que "o Brasil continue avançando". Campos, também na entrevista ao Jornal Nacional, na véspera de sua morte, finalizou o seu discurso dizendo: "não vamos desistir do Brasil". A frase foi inclusive estampada em camisetas e cartazes em seu enterro neste final de semana.

A entrevista com a presidente Dilma, que aconteceria no dia 13, foi cancelada por conta da morte do então candidato do PSB Eduardo Campos. Da mesma forma, Pastor Everaldo (PSC) também teve sua participação adiada da semana que vem para amanhã. Aécio Neves (PSDB) já participou do programa, no dia 12, assim como o próprio Campos, que concedeu entrevista na véspera do acidente que culminou com sua morte. Assim que o PSB oficializar a escolha de Marina Silva como substituta de Campos, a TV Globo deve convidá-la para comparecer a bancada do Jornal Nacional. A data ainda não foi escolhida, mas deve ser na semana que vem.

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