Política

Dilma insistiu para que eu fosse candidato, diz Sarney

Senador pelo Amapá, ele disse que a decisão de se aposentar e não concorrer à reeleição deveu-se exclusivamente à sua idade e à condição de saúde dele e da esposa

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 24/06/2014 às 18:30

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O senador José Sarney (PMDB) disse nesta terça-feira, 24, que tanto a presidente Dilma Rousseff quanto o PT insistiram para que ele se candidatasse. Em entrevista ao programa Luiz Melo Entrevista, da rádio Diário FM de Macapá, Sarney disse "não ter dúvidas" de que contaria com o apoio da presidente caso decidisse continuar na vida pública. "A presidente Dilma insistiu muito comigo para que continuasse, para que eu fosse candidato, foi muito enfática nesse sentido. Ela procurou o presidente do PT para falar nesse sentido", disse Sarney.

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Senador pelo Amapá, Sarney disse que a decisão de se aposentar e não concorrer à reeleição, anunciada formalmente ontem a aliados, deveu-se exclusivamente à sua idade e à condição de saúde dele e da esposa. "Não teve outra, nenhuma interferência se não essa. Ficar cumprindo pela metade minhas obrigações não é do meu feitio", disse, ao lembrar problemas de saúde que o levaram a se ausentar no Senado no ano passado e lembrando também que sua mulher passou por três cirurgias.

Sarney ressaltou que não decidiu pela aposentadoria por falta de capital político ou por medo de perder as eleições em outubro. "Tenho pesquisas na minha mão que me dão uma situação muito confortável, uma delas com 50,6% de preferência do eleitorado, portanto não tenho nenhuma dúvida de que não tem problema nenhum de eleição. O problema é que realmente com 84 anos, com a minha idade, a minha mulher doente, precisando do meu apoio principalmente agora, neste momento que nós estamos já bastante idosos, eu não posso deixar de ter presente esse fato."

Sarney anunciou sua aposentadoria formalmente ontem (Foto: Divulgação)

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O senador citou o seu "prestígio" em âmbito nacional e mencionou seu papel na Presidência, que ocupou de 1985 a 1990, quando "ajudou o país" no momento da transição democrática. "Tenho o meu prestígio e não deixo de ter até eu morrer", disse Sarney durante a entrevista.

Ele afirmou ainda que, mesmo afastado da vida pública, pretende se colocar "a serviço" do Amapá, Estado que disse estar em seu coração e no qual conquistou "carinho" e "respeito" dos eleitores. "Todo prestígio que tenho e parcela de liderança nacional vai ser colocada a serviço do Amapá como sempre foi", afirmou. Sarney citou ainda avanços do Estado, ao longo de seu mandato como senador, em especial em obras de infraestrutura.

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