Política

Dilma: FHC deixou obras paradas e cheias de problemas

"O Brasil nunca investiu tanto (em infraestrutura e mobilidade urbana). Aliás, quando investiu, deixou paralisado uma quantidade imensa de obras na época do FHC", afirmou a presidente

Publicado em 28/08/2014 às 16:19

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A polarização entre PT e PSDB esteve forte no discurso da presidente Dilma Rousseff em ato da sua campanha de reeleição com trabalhadores rurais, em Brasília. A petista foi para o ataque contra o governo Fernando Henrique Cardoso, afirmando que o tucano deixou obras inacabadas e "cheias de problemas" ao sair Palácio do Planalto. "O Brasil nunca investiu tanto (em infraestrutura e mobilidade urbana). Aliás, quando investiu, deixou paralisado uma quantidade imensa de obras na época do FHC. Uma imensa quantidade de obras e, além disso, obras cheias de problemas", criticou.

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Dilma disse que existe uma campanha de "mentiras, desinformação e até informações incorretas" usada por seus oponentes para negar ações de seu governo. A candidata à reeleição rebateu essa campanha apresentando números de projetos em mobilidade tocadas pelo governo federal nos Estados, especialmente metrô e corredores para ônibus (BRT). "Hoje nós estamos fazendo processo de investimento em nove cidades, porque é impossível esse País, quando tem essa concentração de população em área urbana, não investir em metrô. É impossível", disse.

Segundo ela, o governo investe R$ 143 bilhões em metrô em parceria com os Executivos estaduais. "O governo federal entra com a maior parte dos recursos, mas colocam dinheiro governos dos Estados, municípios, iniciativa privada. São nove metrôs feitos do Norte ao Sul do Brasil", relatou.

A polarização entre PT e PSDB esteve forte no discurso da presidente Dilma Rousseff em ato da sua campanha de reeleição com trabalhadores rurais, em Brasília (Foto: Agência Brasil)

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Ataques

Em meio à pressão de aliados para aumentar os ataques à candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, a presidente disse também que a ambientalista faz uma "distinção complicada e simplista" ao propor governar com os "bons e melhores". Com o crescimento das intenções de voto de Marina, mostrando um distanciamento cada vez maior da ex-ministra do Meio Ambiente em relação ao candidato tucano, Aécio Neves, Dilma está sendo obrigada a reformular sua estratégia, passando a mirar mais Marina e questionar a experiência administrativa da rival.

"Essa distinção entre bons e maus é uma distinção muito complicada e simplista. Os bons são aqueles que têm compromisso. Para mim, os bons neste País são aqueles que têm compromisso com a distribuição de renda e a inclusão social", disse Dilma, em conversa com jornalistas após participar de evento com trabalhadores rurais em Brasília.

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"Para mim, o conceito de 'bons' tem ligação com o compromisso. Todas as pessoas podem ser boas ou más, mas as boas pessoas podem não ter compromisso. A pessoa é muito boa, mas o compromisso dela é com outra coisa. Ela tem compromisso com o crescimento de 3% da população. Eu prefiro o bom com compromisso com a maioria da população brasileira", afirmou a petista.

Na avaliação de Dilma, se o Brasil passou de um País que tinha mais da metade da população pobre ou miserável para uma situação em que 73% estão na classe média e acima, isso ocorreu porque "os bons, que são aqueles que têm compromisso com o povo brasileiro, fizeram isso numa ampla parceria".

Aferição

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Antes, em discurso no evento da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura (Contag), Dilma reconheceu que tem "muito o que fazer", mas ressaltou que "só aqueles que fizeram sabem o que falta fazer".

"Nós sabemos o que falta fazer. E sabemos onde temos de fazer. E ainda sabemos com quem fazer, que parceria fazer, porque essa história de que você acha os bons e melhores sem aferição não está certa, não", comentou, em mais um recado à candidata do PSB.

"Como é que vou fazer uma política de agricultura familiar com quem não defende a agricultura familiar? A pessoa pode ser ótima pode ser uma boa pessoa, mas se ela não tem nenhum compromisso com a agricultura familiar, ela não fará. Não é uma questão de a pessoa ser boa ou ser ruim. É uma questão de compromisso. É melhor ter pessoas boas compromissadas, do que pessoas boas e sem compromisso", prosseguiu Dilma.

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Pesquisa Ibope/Estadão/Rede Globo divulgada nesta semana mostra Dilma com 34% das intenções de voto no primeiro turno, seguida por Marina, com 29%, e Aécio, com 19%. Num eventual segundo turno entre as candidatas do PT e do PSB, Marina derrotaria Dilma: 45% a 36%. A margem de erro máxima do levantamento é de 2 pontos porcentuais.

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