Política

Dilma e Lula programam agenda de viagens pelo País

Na avaliação do ex-presidente, o movimento pela desestabilização do governo começa a arrefecer porque Dilma saiu do gabinete no Palácio do Planalto

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 15/08/2015 às 21:13

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Em café da manhã neste sábado, 15, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou a atuação da presidente Dilma Rousseff, durante a semana, para conter a crise. Lula e Dilma se reuniram no Palácio da Alvorada, na véspera das manifestações contra o governo, marcadas para o domingo, 16, para definir a estratégia de enfrentamento das turbulências no cenário político e econômico.

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Na avaliação do ex-presidente, o movimento pela desestabilização do governo começa a arrefecer porque Dilma saiu do gabinete no Palácio do Planalto, defendeu sua gestão e conseguiu mobilizar o Senado, movimentos sociais e até empresários contra o impeachment.

Além disso, o governo ganhou tempo no Tribunal de Contas da União (TCU), que analisa as contas de Dilma de 2014, e obteve vitórias no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Embora a crise não esteja superada, Lula fez uma análise mais otimista do cenário e destacou a importância da parceria com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), na divulgação da "Agenda Brasil", que, no seu diagnóstico, conseguiu desviar o foco da crise ao mirar na reforma administrativa.

Dilma e Lula devem viajar pelo País (Foto: Ricardo Stuckert)

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Observou, porém, que é preciso uma atenção redobrada à rebelião na Câmara e às notícias negativas vindas do ajuste fiscal e da Operação Lava Jato, que desvendou um esquema de corrupção na Petrobrás. Para Lula, a presidente não deve deixar que a Lava Jato domine a "agenda" do País. Além disso, ele acha que Dilma e a equipe econômica devem bater na tecla do "pós-ajuste", destacando que tudo está sendo feito para retomar o crescimento econômico.

Lula e Dilma definiram uma agenda de viagens a partir da próxima semana. O roteiro começará por cidades do Nordeste. O ex-presidente irá a Pernambuco e ela, ao Rio Grande do Norte. A debandada de eleitores do Nordeste impressiona o governo porque a região sempre foi um celeiro de votos do PT. Lula também irá a Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do País, onde o governador Fernando Pimentel (PT) enfrenta dificuldades por causa de uma investigação da Polícia Federal contra ele.

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