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O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse hoje (5), na Comissão de Minas e Energia, que a presidenta Dilma Rousseff é uma pessoa “honrada, séria e intransigente” em relação às regras e legislação.
A declaração foi uma resposta ao deputado Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS). Segundo o deputado, a presidenta Dilma teria participado da indicação de nomes para a composição da Sete Brasil, empresa criada para gerenciar a construção das sondas a serem usadas pela Petrobras na exploração do pré-sal. O ministro participa de audiência na comissão para tratar da crise na indústria naval em decorrência das investigações da Operação Lava Jato. A Sete Brasil foi criada em 2011 pela Petrobras para construir sondas de perfuração que antes eram compradas no exterior. A empresa é investigada pelo pagamento de propina em contratos.
“No caso do [ex-gerente da Petrobras e ex-diretor da Sete Brasil] Barusco, ele começou a ter ganhos indevidos nos anos 1990, arrendando plataforma. Era um funcionário de carreira e só foi possível descobrir tudo o que aconteceu com a delação premiada. Às vezes, o gestor não tem como saber desse tipo de prática”, afirmou Mercadante.
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O Sindicato da Indústria Naval informou, recentemente, que, em janeiro, 3 mil postos de trabalho foram fechados, por causa da "situação crítica" enfrentada por estaleiros que tinham contratos com a Sete Brasil.
Mais cedo, Mercadante disse, na comissão, que a Sete Brasil venceu um processo de licitação aberto para a construção de sondas. Segundo ele, a empresa é importante para as atividades do pré-sal e está enfrentando dificuldades para financiar suas operações em função de estar entre as empresas investigadas pela Polícia Federal (PF).
O ministro disse que a Sete Brasil está se organizando para uma reestruturação que vai incluir, por exemplo, a redução da meta de sondas a serem construídas, de 28 para 19, priorizando a produção dos projetos mais adiantados.
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