Política

Dilma destaca autonomia da África e América Latina em discurso na Etiópia

A presidenta representa a América Latina no encontro da União Africana em Adis Abeba, capital da Etiópia

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 25/05/2013 às 16:24

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Em discurso na comemoração do aniversário de 50 anos da União Africana, a presidenta Dilma Rousseff destacou a importância da autonomia tanto do Continente Africano quanto da América Latina, assim como a importância da cooperação entre ambos. "Os avanços da União Africana, como os da Unasul [União de Nações Sul-Americanas] encerram um ensinamento fundamental: quem deve resolver os problemas das nossas regiões somos nós mesmos, respeitando sempre as diferenças que porventura existem entre nós", disse.

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Dilma Rousseff representa a América Latina no encontro da União Africana em Adis Abeba, capital da Etiópia. No discurso, disse que o Brasil tem muitas semelhanças com o Continente Africano, "O Brasil vê o Continente Africano como um irmão e vizinho próximo". "Nossos interesses comuns são amplos: buscamos o desenvolvimento, o que exige a promoção da inclusão da nossa população aos ganhos e riquezas de nosso país".

A presidenta reforçou também o interesse em ampliar para além das relações comerciais a cooperação com o Continente Africano, em uma cooperação Sul-Sul. A intenção é garantir "avanços e lucros mútuos para ambas as partes".

Ela finalizou o discurso com uma metáfora: "Chegou a hora de o leão africano escrever sua história, assim como a onça brasileira escrever a sua".

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Dilma disse que o Brasil tem muitas semelhanças com o Continente Africano(Foto: Divulgação)

Dilma fica em Adis Abeba até o começo da noite. Na manhã deste sábado, participou de encontros bilaterais com os presidentes da Guiné, do Gabão, Quênia e Congo, após a comemoração do jubileu, que durou cerca de 3 horas. A presidenta também visitou Lucy, um fóssil de mais de 3 milhões de anos, descoberto em 1974, no deserto da Etiópia.

Dilma viajou acompanhada por uma comitiva de ministros, como Antonio Patriota (Relações Exteriores), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Luiza Bairros (Secretaria de Políticas da Promoção da Igualdade Racial) e Aloizio Mercadante (Educação), além do porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, empresários e assessores.

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Criada em maio de 1963, a União Africana (que reúne 54 países) assumiu a função de buscar soluções internas para os conflitos envolvendo as distintas nações, assim como o processo de progressiva democratização e fortalecimento institucional. O intercâmbio comercial entre Brasil e África cresceu cinco vezes nos últimos dez anos, evoluindo de US$ 5 bilhões, em 2002, para US$ 26,5 bilhões, em 2012.

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