Política

Dilma corre risco de sofrer impeachment, diz colunista do Financial Times

Ao relatar queda de popularidade de Dilma, o jornalista diz que "a única esperança dela é que o ajuste fiscal de Joaquim Levy estabilize a fraca economia e ganhe tempo para restaurar o crescimento"

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 03/07/2015 às 17:12

Compartilhe:

O jornalista do britânico Financial Times no Brasil, Joe Leahy, assina coluna na edição impressa desta sexta-feira, 3, em que afirma que a presidente Dilma Rousseff corre o risco de sofrer impeachment. "Com a popularidade tão baixa, Dilma está vulnerável ao impeachment particularmente se as investigações sobre a Petrobras encontrarem algo ligando ela ao problema", diz o jornalista na coluna "Global Insight". Leahy diz, porém, que a impopularidade de Dilma "não parece inteiramente merecida".

Ao relatar a forte queda de popularidade de Dilma Rousseff entre os eleitores, o jornalista diz que "a única esperança dela é que o ajuste fiscal de Joaquim Levy estabilize a fraca economia e ganhe tempo para restaurar o crescimento".

Apesar de mencionar o risco de impeachment, Leahy defende que a impopularidade de Dilma "não parece inteiramente merecida, já que outros presidentes presidiram o País em períodos piores, mas mantiveram números melhores nas pesquisas". "A maior economia da América Latina está caminhando para uma recessão e a taxa de desemprego subiu. A 6,75% em maio, o desemprego se aproxima níveis argentinos, mas certamente não é tão mau como na Grécia ou em outros lugares no sul da Europa", diz o texto.

"Analistas brasileiros falam livremente da 'crise', mas o País não está enfrentando a turbulência que caracteriza crise. Não há nenhuma crise de balanço de pagamentos, por exemplo. O Brasil ainda tem uma das mais altas reservas cambiais do mundo", exemplifica o jornalista.

Leahy reconhece que há motivos para que eleitores estejam insatisfeitos. Ele cita que a campanha para a reeleição de Dilma Rousseff negava problemas na economia, mas, logo após a vitória, o governo começou uma reviravolta com adoção de medidas austeras. O jornalista também cita que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "não tem ajudado" e lembra do cenário composto pelo escândalo de corrupção na Petrobras e por maior acesso à informação do eleitorado. "Talvez a principal razão para os eleitores estarem tão zangados é que as expectativas eram muito elevadas", diz.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Educação

Brasil deve barrar uso de celulares em escolas públicas e particulares

O ministro da educação, Camilo Santana, defendeu a ideia e citou pesquisas que sustentam que a proibição é positiva e benéfica ao aprendizado

Brasil

Mega-sena não faz ganhadores nesse final de semana e prêmio vai para R$ 10 milhões

As apostas para o próximo concurso podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter