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Em um discurso voltado a críticas ao PSDB e a pedidos de votos dos eleitores de Marina Silva (PSB), a presidenta e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, agradeceu nesta noite o resultado do primeiro turno das eleições. Ela citou as “novas ideias” que pretende concretizar, em uma eventual reeleição, e prometeu que fará um melhor segundo governo do que o primeiro.
Dilma disse ter entendido “claramente” o recado das urnas e das ruas, dizendo-se orgulhosa do resultado que, segundo ela, reforça a convicção de que o “povo brasileiro anseia por mais avanços” e mostra que o seu projeto é visto como “a mais legítima e confiável força de mudança”. A candidata prometeu fazer “todas as mudanças necessárias” para que a vida dos brasileiros “melhorem cada vez mais”. Ela também diz que o seu governo tem os valores de igualdade de oportunidades e combate “sem tréguas” à corrupção.
Em ataque ao PSDB, Dilma declarou que o povo brasileiro não quer mais os “fantasmas do passado”, que trouxeram a recessão, o arrocho salarial e o desemprego. Disse que os brasileiros não querem mais aqueles que “jamais promoveram políticas de inclusão social”, que “elitizaram as universidades federais”, “proibiram escolas técnicas” e “se ajoelharam diante do Fundo Monetário Internacional”.
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Ela reafirmou promessas para um eventual segundo mandato, dizendo que fará o que estiver ao ser alcance para promover a reforma política, começando com um plebiscito popular. Novas promessas como o Mais Especialidades, a integração da segurança pública e levar o Brasil a “um novo ciclo de desenvolvimento”, mais inclusivo, moderno e competitivo, também foram citadas por Dilma.
Ao final de sua fala, em sinal aos eleitores de Marina Silva, terceira colocada nas eleições, a candidata fez uma “conclamação a todos que querem trabalhar por um Brasil melhor, mais justo mais fraterno”. “Convido partidos, lideranças, mulheres, jovens, negros. Todos brasileiros a estarem conosco, esses que historicamente estiveram conosco e que, por qualquer motivo, nos últimos 12 anos, ganharam força e representatividade porque ganharam direitos, renda e novas oportunidades, para que se juntem a nós nessa caminhada que já começou”.
“Estamos abertos a receber todos aqueles que quiserem nos apoiar de braços abertos”, disse, depois de agradecer a todos os eleitores “anônimos que saíram de suas casas e foram às urnas registrar seus votos”. “Sinto-me como se deles tivesse recebido uma mensagem, um recado simples: que diz que devo seguir em frente, continuar nessa luta junto com cada um desses eleitores e dessas eleitoras para mudar o Brasil”.
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A candidata deu as declarações no auditório de um hotel em Brasília. Ela chegou ao palco cercada de correligionários e leu um discurso anteriormente preparado. A plateia estava lotada de militantes vestidos com camisetas do PT e de cerca de 100 jornalistas. Treze ministros acompanharam o evento, além do presidente do PT, Rui Falcão, do vice-presidente e também candidato à reeleição, Michel Temer.
Com 96% das urnas apuradas em todo o país, Dilma vencia o primeiro turno das eleições com 41,23% dos votos válidos, seguida por Aécio Neves (PSDB), que tinha 33,96% dos votos, e Marina Silva (PSB), com 21,23%.
Dilma Rousseff acompanhou a apuração ao lado de coordenadores de sua campanha. Por volta das 18h, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizo Mercadante, foi o primeiro a entrar no Palácio da Alvorada, seguido de Rui Falcão, dos ex-ministros Franklin Martins e Miguel Rossetto, além de José Eduardo Cardozo (ministro da Justiça) e Thomas Traumann (Secretaria de Comunicação Social).
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