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O deputado Roberto Serra, do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), e sua mulher, María Herrera, foram mortos na residências do casal em Caracas na noite de quarta-feira.
Serra, de 27 anos, e a mulher foram encontrados no interior da casa localizada no bairro de La Pastora, norte da capital, que, segundo vizinhos, era utilizada pelo deputado para reuniões políticas.
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Cerca de dez membros da polícia judicial foram nesta manhã ao local do assassinato para iniciar as investigações, recolher provas e interrogar vizinhos e pessoas vinculadas ao casal.
Para o ministro de Relações Exteriores venezuelano, Miguel Rodríguez Torres, o assassinato foi planejado e organizado. "Não se trata de um acontecimento aleatório cometido pela delinquência comum. Estamos na presença de um homicídio intencional e executado com grande precisão", afirmou o ministro ao falar sobre os resultados preliminares da investigação.
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Segundo afirmou ele em transmissão pela televisão estatal, o assassinato do casal foi um "encomenda macabra" que foi cometido com "muita técnica", num período entre 15 e 20 minutos. O ministro não divulgou detalhes sobre a possível motivação do assassinato, afirmando apenas que espera que a polícia encontre logo os autores materiais e intelectuais do crime.
Os funerais do deputado começam nesta quinta-feira, na Assembleia Nacional.
Serra, advogado e ex-líder estudantil que foi contrário aos protestos de estudantes alinhados com a oposição em 2007, foi eleito em 2010. Ao assumir o cargo, meses depois, tinha apenas 23 anos, o que fez dele o membro mais jovem da Assembleia Nacional na época.
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A Venezuela é um dos países mais violentos da região, com uma taxa de homicídio que, segundo registros oficiais é de 39 para cada 100 mil habitantes. De acordo com cálculos da ONG Observatorio Venezolano de Violencia, no ano passado a taxa foi de 79 para cada 100 mil habitantes.