Política
A deputada federal Rosana Valle (PSB) defende que os exames de mamografia, pelo SUS, sejam feitos cada vez mais cedo para rastreamento do câncer de mama em mulheres assintomáticas, com risco habitual, e abaixo da faixa etária hoje recomendada, entre 50 a
Rosana Valle e mais três parlamentares querem a aprovação urgente do PDL 679/2016 / Divulgação
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A deputada federal Rosana Valle (PSB) defende que os exames de mamografia, pelo SUS, sejam feitos cada vez mais cedo para rastreamento do câncer de mama em mulheres assintomáticas, com risco habitual, e abaixo da faixa etária hoje recomendada, entre 50 a 69 anos. Ou seja, que as mulheres com menos de 50 anos possam fazer tais exames preventivos gratuitamente.
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Por isso, a deputada pede a suspensão da Portaria 61, de 1º de outubro de 2015, do Ministério da Saúde, que busca restringir estes exames às mulheres na faixa entre 50 a 69 anos.
Rosana Valle e mais três parlamentares querem a aprovação urgente do PDL 679/2016, que susta os efeitos da Portaria 61, que, além de não recomendar a mamografia às mulheres mais jovens, orienta que o exame preventivo seja realizado na faixa específica apenas a cada dois anos.
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“A Portaria vai de encontro a legislações e estudos, como a Lei 11.664/2008, que exige ações de saúde de prevenção, detecção, tratamento e seguimento dos cânceres do colo uterino, com a realização de exame mamográfico a todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade”, disse Rosana Valle.
“A sobrevida das mulheres diagnosticadas em países desenvolvidos, que fazem exames mais cedo, é de 85%, enquanto nos subdesenvolvidos permanece entre 50 a 60%”, afirmou a parlamentar.
Na justificativa do pedido de urgência, as deputadas lembram que a Sociedade Brasileira de Mastologia divulgou estudo, com 130 mil voluntárias, apontando que o exame em mulheres a partir dos 40 anos é capaz de reduzir em até 30% o número de mortes provocadas pelo câncer de mama.
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Outro levantamento, com 2.950 mulheres diagnosticadas, de 22 centros de saúde, em nove estados brasileiros, revelou que 43% delas tinham idade inferior a 50 anos no momento do descobrimento da doença.
A pandemia da Covid-19, com o necessário distanciamento social, agravou o rastreamento e a prevenção do câncer de mama. Deixaram de ser realizadas 1,6 milhão de mamografias e houve queda de 39% no número de biópsias nos últimos meses.
O Brasil, nos últimos dez anos, ainda não conseguiu atingir sequer 30% da meta de exames para o grupo de mulheres de 50 anos de idade.
“Temos que garantir exames mais cedo, até porque o câncer entre jovens cresceu 33%. O câncer de mama é o tumor que mais acomete as mulheres, porém, se identificado em estágio inicial, as chances de cura são elevadas”, concluiu Rosana Valle.
Fotos: https://we.tl/t-aiUiBGl6R4
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