Política

DEM debate o "pós-Dilma" e cogita colaborar com eventual novo governo

O senador Agripino Maia (RN) disse que, em um eventual governo comandado pelo vice-presidente, Michel Temer, defenderá que o partido colabore com um programa de "recuperação"

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 14/09/2015 às 17:02

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O presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), disse nesta segunda-feira (14) que seu partido também debaterá um cenário pós-Dilma Rousseff, devido o avanço das negociações em torno da abertura de um processo de impeachment no Congresso.

Agripino externou sua opinião pessoal. Disse que, em um eventual governo comandado pelo vice-presidente, Michel Temer (PMDB), defenderá que o DEM colabore com um programa de "recuperação nacional no Congresso, mas participar do governo, não".

"Na medida em que haja um governo que inspire credibilidade, vamos colaborar, mas não acho que devemos participar da administração", afirmou.

A posição de Agripino vai ao encontro à dos dois principais nomes do PSDB para a próxima eleição presidencial, o senador Aécio Neves (MG) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Como mostrou a Folha de S.Paulo nesta segunda, ambos acreditam que será inevitável a oposição pactuar um suporte a um eventual governo Temer, sob pena de ser acusada de sabotar a reorganização do país. Eles defendem, no entanto, que a sigla não indique nomes para compor uma gestão peemedebista.

Tanto DEM como PSDB temem que a oposição seja contaminada pela crise que dragou o governo Dilma e não sentem segurança que a simples saída da petista do Planalto resolva os problemas.

Agripino Maia disse que seu partido também debaterá um cenário pós-Dilma Rousseff (Foto: Agência Brasil)

Para o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), o PMDB precisaria primeiro tomar uma posição clara sobre o impeachment de Dilma e, além disso, montar um programa para o país.

"Antes disso, estamos especulando sobre miragem", disse. Caiado defende a tese de que só uma nova eleição pacificaria o cenário nacional. "Mas me curvo à opção que está mais adiantada hoje, que é o impeachment", concluiu. "O PMDB precisa ter um gesto de coragem."

Tratado como presidenciável pelos militantes da sigla, Caiado disse que a oposição "não pode errar" ao se posicionar diante da crise.

O líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), "a queda do PT se dará pelo Petrolão, pelas pedaladas e pela absoluta ingovernabilidade". Para ele, "no momento adequado a oposição terá que definir seu papel". "É claro que não podemos sair da ingovernabilidade para uma nova ingovernabilidade", resumiu.

Mas ele também cobrou uma tomada de posição do PMDB sobre o tema. "Primeiro precisam se definir sobre o impeachment."

Os principais nomes do DEM falaram sobre o assunto antes do início de um seminário promovido pelo partido, em São Paulo. Já na abertura do evento, os congressistas da sigla disseram que se atuarão fortemente contra propostas que aumentem impostos, uma das receitas que o governo Dilma quer seguir para melhorar as contas públicas.

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