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A definição de quem ocupará os cargos da Mesa do Senado, inicialmente marcada para esta terça-feira, 3, ficou para amanhã. Após ser confrontado na eleição para a presidência da Casa, o peemedebista Renan Calheiros (AL), reeleito no último domingo, trabalha nos bastidores para que nomes de sua confiança sejam escolhidos.
O regimento interno do Senado determina que a composição da Mesa deve atender "tanto quanto possível" o critério da proporcionalidade dos partidos. Seguindo esse lógica, o PSDB, por ter a terceira maior bancada da Casa, teria direito a indicar uma pessoa para ocupar a primeira-secretaria.
Contrariado com o apoio da sigla à candidatura de Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), Renan pediu para que o partido indicasse a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) para o posto, mas os tucanos não aceitaram a sugestão e optaram pelo nome do senador Paulo Bauer (PSDB-SC).
"Lúcia Vânia não disputará. Ela fez um gesto de generosidade, atendeu a um apelo pessoal que lhe fiz. Nós teremos apenas uma candidatura do PSDB à primeira-secretaria", afirmou o senador Aécio Neves (PSDB-MG), após uma reunião com integrantes do partido.
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A senadora, no entanto, não gostou de ser preterida e chegou a ameaçar disputar a vaga com o correligionário do plenário. Na segunda-feira, parlamentares do PMDB sugeriram que a regra da proporcionalidade poderia ser deixada de lado na hora da montagem da mesa.
Nesta terça, Renan disse que estava trabalhando para conter as candidaturas avulsas e chegar a um consenso para a montagem da mesa. Ele, no entanto, afirmou que o fato de ter havido disputa para a presidência estimulava esse tipo de postura dos outros partidos.
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O PTB, por exemplo, o quer ficar com a vaga que, seguindo a regra do tamanho das bancadas, deveria ficar com ao PSB. O PP também pleiteia um posto que não lhe caberia.
"Um dos poucos critérios que temos é a proporcionalidade e quando você desestimula isso você anima candidaturas de diferentes partidos e isso precisa ser contornado", disse Renan.