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O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), disse nesta sexta-feira que a defesa do PT feita pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, no caso da Petrobras os coloca sob suspeição para ocupar a vaga aberta no STF (Supremo Tribunal Federal) pois para o tucano, os dois confundem suas atribuições de Estado com interesses partidários. Eles defenderam o PT da acusação de ter recebido recursos advindos do esquema de corrupção na estatal investigado pela Operação Lava Jato.
Adams disse na última quinta-feira, 4, que o comitê da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff foi "muito cuidadoso" em relação às doações recebidas pelo PT. Já Cardozo afirmou que se faz uma "leitura enviesada" das delações premiadas dos executivos Júlio Camargo e Augusto Mendonça - ambos da Toyo Setal, empreiteira citada no suposto cartel da Petrobras. Camargo afirma em um trecho de seu relato que parte da propina do esquema envolvendo a petrolífera era repassada em forma de doação oficial ao PT.
"Isso revela parcialidade", afirmou Imbassahy. "Como é que vão passar na sabatina do Senado com essa conduta?", questionou. "Se misturam Estado e partido agora, serão eles despachantes do PT no Supremo? Esse reiterado comportamento definitivamente retira a credibilidade necessária ao exercício das suas funções", disse o líder em nota. Adams e Cardozo aparecem como possíveis indicações de Dilma para ocupar a vaga do ex-presidente do STF Joaquim Barbosa, que se aposentou em agosto deste ano.
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