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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu nesta quarta-feira, 7, a internação de dependentes químicos. Segundo ele, "em alguns casos que são necessários", essa internação deve ser decidida judicialmente, independentemente da vontade do dependente. "Tem que internar porque tem muito (caso) do que em medicina se chama de comorbidade: a pessoa não tem só dependência química. Ela tem dependência com tuberculose, com esquizofrenia, com psicose maníaco-depressiva. Nunca é um fato isolado. Então é um grande desafio de saúde pública o tratamento dos que estão doente", justificou.
O governador disse que cerca de 1% dos casos de internação em São Paulo ocorre por decisão judicial. "A internação compulsória é muito rara, mas é possível, sim, e nós a defendemos", disse. "Quem é dependente químico é doente como quem tem apendicite, tuberculose e precisa ser tratado", ressaltou.
Alckmin defendeu a medida após listar o consumo de drogas como um dos principais problemas da segurança pública do Estado. "A questão da droga é hoje o maior desafio de todo o País. O crack é recente, chegou no Brasil na década de 1990 e hoje o País não é só uma rota de passagem. É o maior consumidor mundial de cocaína e de crack", disse, após participar de reunião com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e os governadores da região Sudeste para discutir ações integradas de segurança pública.
O governador ponderou, contudo, que faltam vagas na rede pública de saúde para atender os dependentes - segundo ele, são hoje 3 mil no Estado de São Paulo. "Por isso estamos ampliando o número de vagas", indicou.
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