ELEIÇÕES 2022

Datafolha: Lula tem 49% das intenções de voto, e Bolsonaro, 44%

Instituto ouviu 2.898 pessoas em 180 cidades, na quinta e na sexta, em levantamento encomendado pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo

Igor Gielow - Folhapress

Publicado em 14/10/2022 às 19:01

Atualizado em 14/10/2022 às 19:07

Compartilhe:

Lula e Bolsonaro disputam o segundo turno das eleições / Nair Bueno/Diário do Litoral

A disputa pela Presidência no segundo turno segue estável, apesar da escalada de ataques de lado a lado. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue à frente com 49% dos votos totais, ante 44% de Jair Bolsonaro (PL).

É o que mostra a mais recente pesquisa do Datafolha, que fotografa esta etapa da corrida e não necessariamente prediz a votação dos rivais.

O instituto ouviu 2.898 pessoas em 180 cidades, na quinta (13) a sexta-feira (14), em levantamento encomendado pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo registrado no TSE com o número BR-01682/2022. O nível de confiança é de 95%.

Há 1% de indecisos e 5%, de brancos e nulos. Há uma semana, o petista tinha 49%, o presidente, 43%, não sabiam em quem votar 2% e não iriam escolher ninguém 6%.

A Justiça Eleitoral exclui da conta para fins de resultado os nulos e brancos -já estão fora, obviamente, aqueles que não foram votar, cerca de um quinto do eleitorado no primeiro turno. São os chamados votos válidos: nesta pesquisa, Lula obteve 53% e Bolsonaro, 47% -na disputa do dia 2 passado, haviam colhido 48,4% e 43,2%, respectivamente.

O bom desempenho de Bolsonaro na reta final da campanha do primeiro turno, quando colheu o voto útil dos apoiadores de Ciro Gomes (PDT) e de parte dos indecisos, por ora não se converteu em um avanço maior na disputa final.

Ciro ficou em quarto lugar no primeiro turno com 3% dos votos válidos e seu partido apoia agora Lula. A terceira colocada (4,2% dos válidos), Simone Tebet (MDB), aderiu ao petista e já gravou participação em seu programa.

A estabilidade do quadro não reflete o aumento da tensão na campanha. Nesta semana, ambos os candidatos levaram ataques pessoais pesados que estavam em redes sociais para o horário obrigatório de rádio e TV.

A propaganda do presidente tem associado Lula, que ficou 580 dias preso por uma condenação depois anulada da Operação Lava Jato, à criminalidade. Já a petista usou o apoio de acusados de crimes a Bolsonaro e até uma fala em que ele falava em consumir carne de indígena morto.

Afora o esgoto a céu aberto, de resto uma constante na política brasileira há anos, Bolsonaro ainda patrocinou uma nova investida contra os institutos de pesquisa, a quem acusa de parcialidade. Pedidos de investigação da

Polícia Federal e do Cade, contudo, foram barrados pelo TSE.
O presidente da corte, Alexandre de Moraes, inverteu o processo e pediu a apuração da instrumentalização de órgãos de Estado pelo presidente, no que voltou a ser criticado por Bolsonaro.

De resto, a campanha foi marcada pelo episódio em que bolsonaristas tumultuaram a celebração do dia de Nossa Senhora Aparecida, na quarta (12), gerando confusão dentro e fora do Santuário Nacional no interior paulista. O presidente foi à igreja com aliados, e ouviu críticas indiretas do arcebispo local.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cotidiano

Jovem de 14 anos desaparece em rio do Vale do Ribeira

Garoto nadava em rio na companhia de outros menores quando acabou levado pela correnteza

Diário Mais

Conheça a história do avião que voou 120 km sem combustível

Foi o voo planado mais longo da história com um avião de passageiros

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter