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Alvo do pedido de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou na noite desta sexta-feira, 6, que "dará todas as explicações à luz do dia" e voltou a criticar o que chamou de "atropelos" do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, responsável pelos pedidos de investigação contra parlamentares. O peemedebista será investigado por formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo aberto para investigar desvios ocorridos na Petrobras.
Confira quem são os outros investigados.
"Darei todas as explicações à luz do dia e prestarei as informações que a Justiça desejar. Minhas relações junto ao poder público nunca ultrapassaram os limites institucionais", disse Renan por meio de nota.
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou, em sua delação premiada, que Renan recebeu propina em contratos da Diretoria de Abastecimento e que, na prática, os pagamentos ao peemedebista "furaram" o teto de 3% estabelecido como limite dos repasses a políticos no esquema de cartel e corrupção desbaratado pela Operação Lava Jato. Costa afirmou em sua delação que o presidente do Senado usava como "interlocutor" dos contatos com a Diretoria de Abastecimento - reduto do PP no esquema - o deputado federal Aníbal Ferreira Gomes (PMDB-CE). O deputado teria dito que Renan queria que o grupo paulista Serveng-Civilsan pudesse participar das licitações da estatal.
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"Jamais mandei, credenciei ou autorizei o deputado Aníbal Gomes, ou qualquer outro, a falar em meu nome, em qualquer lugar. O próprio deputado já negou tal imputação em duas oportunidades. Como maior interessado no inquérito, apesar do atropelamento do Ministério Público que poderia ter evitado equívocos me ouvindo preliminarmente, considero que este é único instrumento capaz de comprovar o que venho afirmando desde setembro do ano passado.
Íntegra da nota do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL):
"Nas democracias todos - especialmente os homens públicos - estão sujeitos a questionamentos, justos ou injustos. A diferença está nas respostas. Existem os que têm o que dizer e aqueles que não. Quanto a mim darei todas as explicações à luz do dia e prestarei as informações que a Justiça desejar.
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Minhas relações junto ao poder público nunca ultrapassaram os limites institucionais. Jamais mandei, credenciei ou autorizei o deputado Aníbal Gomes, ou qualquer outro, a falar em meu nome, em qualquer lugar. O próprio deputado já negou tal imputação em duas oportunidades.
Como maior interessado no inquérito, apesar do atropelamento do Ministério Público que poderia ter evitado equívocos me ouvindo preliminarmente, considero que este é único instrumento capaz de comprovar o que venho afirmando desde setembro do ano passado."