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O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou "veementemente" que tenha discutido com seus aliados manobra para garantir a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas sem se comprometer diretamente com a questão. Para o peemedebista, a imprensa trata o assunto de forma "jocosa".
Líderes de partidos próximos a Cunha disseram, sob condição de anonimato, que uma possibilidade acordada em encontro na casa do presidente da Câmara na noite de segunda-feira, 3, era que após o Tribunal de Contas da União (TCU) apresentar seu parecer sobre as contas do governo de 2014, Cunha rejeitaria o pedido de abertura de processo de impeachment. Logo em seguida a oposição apresentaria um recurso, que seria votado e aprovado, garantindo a votação do impedimento da petista.
"Não há discussão de impeachment", afirmou Cunha. "Alguém pode fazer um ou outro comentário. Cada um tem o direito de opinar e fazer o que quiser. Da minha parte, eu desminto veementemente as notícias que estão publicadas nos onlines que eu tive qualquer discussão acerca disso. Essa é uma coisa muito séria para ser tratada de uma forma jocosa, como está sendo colocada. Não é verdade", afirmou o presidente da Câmara.
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Saída
Durante a reunião do colégio de líderes, o líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ), pediu que Eduardo Cunha se afastasse da presidência da Câmara por causa da denúncia feita pelo lobista Julio Camargo. Em delação premiada, o lobista disse que Cunha pediu propina de US$ 5 milhões no esquema de corrupção da Petrobras.
O PSOL não teve apoio de nenhum outro partido, nem mesmo do PT e do PCdoB. O primeiro silenciou e o segundo se posicionou favorável a Cunha. "Não vejo fato para ele ter de sair", disse o líder petista, Sibá Machado (AC). "Neste momento, é um delator que o acusou. Sem olhar quem é, precisamos respeitar o devido processo legal", disse a líder do PCdoB, Jandira Feghali (RJ).
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