Política

Cunha diz no Twitter que não tratou de futura citação de Temer por delatores

Segundo fontes, o presidente da Câmara teria alertado o vice-presidente que seu nome também poderia aparecer nas delações premiadas

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 18/07/2015 às 15:50

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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse neste sábado, 18, que não conversou com Michel Temer sobre futura citação do vice-presidente por delatores. Cunha fez a afirmação a partir de sua conta no Twitter. "Não tratei com ele em nenhum momento de futura citação dele por delatores. Isso não faz parte dos nossos diálogos", escreveu.

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Segundo fontes, em conversa na quinta-feira passada, Cunha teria alertado Temer que o nome do vice-presidente também poderia aparecer nas delações premiadas. "Quero desmentir as notas que estão em colunas de revistas sobre suposta conversa minha com Michel Temer", afirmou, hoje, Cunha.

Ao voltar a se pronunciar publicamente sobre o rompimento com o governo, Cunha reafirmou que a decisão foi "pessoal". "Não busquei e nem vou buscar apoio para isso, a não ser o debate na instância partidária competente. (...) Falei que ia defender (o rompimento) no Congresso do PMDB", escreveu.

O peemedebista afirmou também que não buscou e não vai buscar apoio fora do PMDB. Argumentou que cada partido tem e terá a sua postura dentro da sua lógica. "O meu gesto não significará que estou buscando ganhar número para enfrentar e derrotar governo."

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Eduardo Cunha disse no Twitter que não tratou de futura citação de Michel Temer por delatores

O presidente da Câmara negou que exista uma pauta revanchista e contra o governo petista, apesar das decisões de ontem a respeito da discussão do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. "Não existe pauta de vingança e nem pauta provocada pela minha opção pessoal de mudança de alinhamento político", escreveu Cunha, ao reafirmar que vai continuar trabalhando com independência e harmonia entre os poderes.

"Não tenho histórico de ajudar a implementar o caos na economia por pautas que coloquem em risco as contas públicas", disse. O Congresso Nacional entrou hoje em recesso sem concluir a apreciação de projetos como o das desonerações sobre a folha de pagamento e a chamada reforma do ICMS. Ambas propostas são vitais para a tentativa de se aproximar da meta de superávit primário, coordenada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

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Cunha afirmou que seus advogados vão ingressar com uma reclamação no STF contra o fato de ele ser citado em um processo que transcorre na Justiça do Paraná. "Quanto ao juiz do Paraná, ele não poderia dar curso à participação minha, como detentor de foro (privilegiado)", escreveu. "Por várias vezes em oitivas, ele (o juiz Sérgio Moro) interrompia as testemunhas e dizia que não podia tratar de quem tinha foro de STF. Ao que parece ele mudou. E quanto a isso meus advogados ingressarão com reclamação no STF."

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