Política

Crise política e econômica expõe divisão no 'núcleo duro' do 2º mandato de Dilma

Apelidado de "G6", o grupo é composto por seis ministros do PT que tentam, ainda sem sucesso, encontrar uma estratégia para driblar o pessimismo com o governo

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 15/02/2015 às 12:45

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Divergências sobre como enfrentar as turbulências na política e na economia marcaram, nos últimos dias, as reuniões da presidente Dilma Rousseff com o "núcleo duro" do Palácio do Planalto. Apelidado de "G6", o grupo é composto por seis ministros do PT que tentam, ainda sem sucesso, encontrar uma estratégia para Dilma romper o cerco político, sair das cordas e driblar o pessimismo com o governo.

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O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, é o maior alvo de críticas e fogo amigo no G6, no PT e na base aliada. Em conversas reservadas, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atribui a Mercadante o fracasso da articulação política do Planalto e a rota de colisão do PT com o PMDB.

A eleição para o comando da Câmara foi um dos episódios da temporada de divisões do G6, que, além de Mercadante, abriga Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência), Pepe Vargas (Relações Institucionais), Jaques Wagner (Defesa), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Ricardo Berzoini (Comunicações).

Enquanto Vargas, um dos responsáveis pelas negociações com o Congresso, defendia desde o início um acerto com Cunha para não isolar o PT na composição da Mesa Diretora da Câmara, Mercadante não queria acordo "prévio" com o peemedebista. O governo apostou as fichas em Arlindo Chinaglia (PT-SP) e perdeu. Para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a estratégia de confronto adotada pelo Planalto foi "um desastre".

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Logo após assumir, Cunha impôs uma derrota atrás da outra a Dilma - da criação de uma nova CPI da Petrobras ao Orçamento impositivo, que obriga o governo a executar emendas parlamentares e reduz seu poder de barganha na relação com o Legislativo. Desafeto do Planalto, o presidente da Câmara também não dá trégua por acreditar que Mercadante esteja patrocinando a criação de novos partidos, como o PL - organizado pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD) -, para enfraquecer o PMDB. Ele nega.

A crise política e econômica expõe a divisão no 'núcleo duro' do 2º mandato da presidente Dilma Rousseff (Foto: Divulgação)

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