Política
A ação se deu um dia após Ricardo Barros ter sido incluído na lista de investigados da CPI da Covid, pelo seu suposto envolvimento na aquisição da vacina Covaxin
Senadores pediram à Receita Federal a relação de empresas das quais Barros e Wassef participaram nos últimos cinco anos / Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A CPI da Covid aprovou nesta quinta-feira (19) a quebra de sigilo fiscal do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara, e de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro.
A ação se deu um dia após Ricardo Barros ter sido incluído na lista de investigados da CPI da Covid, pelo seu suposto envolvimento na aquisição da vacina Covaxin, como mostra o vídeo abaixo. Barros prestou depoimento à CPI em 12 de agosto. Sobre Wassef, senadores querem apurar se o advogado teve algum envolvimento no processo de aquisição de vacinas contra a Covid-19.
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Senadores pediram à Receita Federal a relação de empresas das quais Barros e Wassef participaram nos últimos cinco anos, incluindo eventuais sociedades anônimas.
Os parlamentares desejam saber o faturamento, a relação de notas fiscais emitidas, os maiores clientes e fornecedores e detalhamento do lucro dessas empresas, além de informações relacionadas a “indícios de crimes, fraudes, irregularidades ou comportamentos e movimentações atípicas”.
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Blogueiro bolsonarista
A quebra de sigilo bancário e fiscal do blogueiro Allan dos Santos, apoiador do presidente Jair Bolsonaro, também foi aprovada pelos senadores. Ele é alvo de dois inquéritos em andamento no STF e de uma denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal nesta quarta-feira (18).
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Ao todo, os senadores aprovaram 187 requerimentos nesta quinta (19). Os pedidos visam possibilitar aos parlamentares o avanço nas investigações sobre: a aquisição de vacinas por meio de empresas intermediárias; o uso de hospitais federais do Rio de Janeiro para desvio de verbas; o financiamento e a propagação de notícias falsas sobre a pandemia do coronavírus.
Em um dos requerimentos aprovados, Calheiros aponta que há entre diversas pessoas citadas registros de “passagens de recursos e/ou relacionamentos comerciais com origem ou destino na empresa Precisa Medicamentos, seus sócios, familiares destes e outros investigados por esta CPI”.
Também foram aprovados os requerimentos de convocação de Roberto Pereira Ramos Junior, presidente do FIB Bank, do advogado Marconny Nunes Riberto Albernaz, e de José Ricardo Santana, empresário que participou de jantar no qual teria havido cobrança de propina por parte do então diretor do Ministério da Saúde Roberto Dias – o ex-diretor nega as acusações.
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Requerimentos aprovados
À Receita Federal, a CPI solicitou dados fiscais sobre: Ricardo Barros (PP-PR), deputado federal; Frederick Wassef, advogado; Marcelo Bento Pires, coronel da reserva e ex-assessor do Ministério da Saúde; Thais Moura Amaral, assessora especial da Secretaria de Governo; Danilo Cesar Fiore; Francisco Emerson Maximiano, dono da Precisa Medicamentos; José Carlos da Silva Paludeto; Global Gestão em Saúde; R.C.6 Mineração; XIS Internet Fibra; Instituto de Florestas do Paraná; Construtora Magalhães Barros; Centro de Educação Profissional Técnico Maringá; AKB Magalhães Barros Locações.
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Os senadores aprovaram a quebra de sigilo fiscal, bancário, telefônico e telemático de: José Ricardo Santana, ex-secretário executivo da Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos (CMED); Empresa Brasil Paralelo; Márcio Luis Almeida dos Anjos; Global Gestão em Saúde; ML8 Serviço de Apoio Administrativo; Maia e Anjos advocacia; Emanuel Catori; Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários); FIB Bank; XIS Internet Fibra; Filiais da Precisa Medicamentos; Primarcial Holding.
Também foi aprovada a quebra de sigilo bancário e fiscal de: Allan dos Santos, blogueiro; Precisa Medicamentos.
Os senadores solicitaram ao Coaf relatórios de inteligência sobre: Danilo Berndt Trento; Empresa Cetest; Organização Social Instituto Solidário; Cruz Vermelha Brasileira – Filial do Rio Grande do Sul; Allan dos Santos, blogueiro; diretores e ex-diretores de hospitais federais do Rio de Janeiro.
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A comissão aprovou a convocação de: Roberto Pereira Ramos Junior, presidente do FIB Bank; Marconny Nunes Ribeiro Albernaz de Faria, advogado; Jaime José Tomaselli, executivo da World Brands; Emanuel Catori, sócio da Belcher Farmacêutica; José Ricardo Santana, ex-secretário executivo da Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos (CMED); Luiz Henrique Lourenço Formiga, diretor do FIB Bank.
Também foi aprovado o convite para que a deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Indígenas, preste depoimento à CPI.
Foi aprovada, ainda, a transferência do sigilo telemático de perfis em redes sociais, são eles: Verdade dos Fatos; Movimento Conservador; Farsas do Covid-19; Patriotas; Brasil de Olho; e Alemanha Comentada.
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