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A Coreia do Norte comparou hoje o presidente norte-americano, Barack Obama, a um macaco e acusou os EUA de terem derrubado a internet do país asiático, em meio à polêmica criada pelo filme "A Entrevista".
Pyogyang nega envolvimento em um recente ataque cibernético aos computadores da Sony Pictures, mas demonstrou forte insatisfação com o filme, uma comédia sobre um complô para o assassinato do presidente norte-coreano, Kim Jong-un. A princípio, a Sony Pictures cancelou o lançamento do filme, alegando que cinemas dos EUA haviam sofrido ameaças de ataque terrorista. A empresa reverteu a decisão e promoveu a estreia da comédia após ter sido criticada por Obama.
Neste sábado, a Comissão de Defesa Nacional, que é liderada por Kim e é o principal órgão governamental norte-coreano, afirmou que Obama está por trás do lançamento de "A Entrevista". O filme foi classificado pela comissão como ilegal, desonesto e reacionário.
"Obama é descuidado nas palavras e gestos, como um macaco numa floresta tropical", afirmou um porta-voz não identificado do Departamento de Polícia da comissão, em comunicado divulgado pela agência oficial de notícias norte-coreana.
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Não é a primeira vez que a Coreia do Norte lança insultos a Obama e outras autoridades de alto escalão dos EUA e Coreia do Sul. Meses atrás, Pyongyang chamou o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, de "lobo" com uma "horrenda mandíbula protuberante" e a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, de "prostituta".
Em maio, a agência oficial de notícias norte-coreana publicou que Obama tinha a "silhueta de um macaco".
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A comissão também culpou Washington por quedas intermitentes de sites norte-coreanos no começo da semana, ocorridas após os EUA prometerem responder aos ataques à Sony. O FBI atribui a invasão do sistema da Sony a Pyongyang. O governo norte-americano se recusou a confirmar se está por trás dos problemas que afetaram a internet na Coreia do Norte.