Paulo Guedes, Bolsonaro e Luciano Hang / Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O dono da Havan, Luciano Hang, teve o canal no YouTube retirado do ar nesta quinta-feira (25). O empresário também perdeu acesso ao Twitter. Eke já era suspenso do Facebook, Instagram e TikTok.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o bloqueio das redes sociais de empresários bolsonaristas suspeitos de compartilharem mensagens de cunho golpista em um grupo de WhatsApp.
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No YouTube, onde Hang diz ter "mais de 350 mil inscritos", aparece a seguinte mensagem: "Este canal não está disponível no seu país". O UOL entrou em contato com a plataforma que informou que "o canal foi bloqueado por conta de uma decisão judicial, a qual o processo corre sob segredo de justiça".
Já no Twitter, perfil no qual o empresário reunia mais de 853 mil seguidores, uma tela diz que o perfil foi retido "em resposta a uma demanda judicial". A assessoria de imprensa do site informou que a conta foi bloqueada para "atender a uma ordem" do STF.
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Em uma publicação na rede social, pouco antes de ser bloqueado, Hang chamou a medida de censura, e disse que isso não fará com que ele se cale. Segundo o empresário, seu nome foi "colocado no meio de uma reportagem desconexa".
No LinkedIn, a conta de Hang também segue ativa. O UOL entrou em contato com a plataforma e aguarda um retorno.
O UOL apurou que as medidas contra os empresários foram pedidas pela PF, autorizadas por Moraes dentro do chamado inquérito das milícias digitais e envolveu 35 policiais federais. As buscas foram feitas em endereços em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.
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Nesta quarta-feira (25), o presidente Jair Bolsonaro (PL) falou sobre as operações da PF (Polícia Federal) contra empresários bolsonaristas que, em grupo de WhatsApp defenderam um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL) vença as eleições. Bolsonaro afirmou ter contato com dois deles: Luciano Hang e Meyer Nigri.
"Somos ainda um país livre. Eu pergunto a vocês: 'O que aconteceu no tocante aos empresários agora?' Esses oito empresários. Dois eu tenho contato com eles, o Luciano Hang e o Meyer Nigri. Cadê aquela turminha da carta pela democracia? A gente sabe que em época de campanha continuam lobos em pele de cordeiro.
Acreditar que eles são democratas e nós não somos? Cadê a turminha da carta pela democracia?", questionou.
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A ação cumpriu mandados de busca e apreensão após mensagens reveladas pelo colunista Guilherme Amado, do site Metrópoles. Entre os envolvidos estão Luciano Hang, da Havan; José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan; Ivan Wrobel, da Construtora W3; José Koury, do Barra World Shopping; Luiz André Tissot, do Grupo Sierra; yer Nigri, da Tecnisa; Marco Aurélio Raimundo, da Mormaii; e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.
Ao UOL, Hang classificou a medida de Moraes como censura: "Onde está a democracia e a liberdade de pensamento e expressão? Tenho certeza de que este era o objetivo de toda esta narrativa armada contra mim: tentar me calar. Mas sigo tranquilo, pois tenho a consciência limpa e milhões de brasileiros ao meu lado.
Desde que me tornei ativista político luto pela liberdade do cidadão e por um Brasil melhor, mais próspero e justo. Seria muito mais cômodo para mim ficar no conforto da minha casa, mas escolhi não me calar diante das atrocidades do nosso país. Vivemos momentos sombrios, mas vamos vencer", disse.
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