Continua depois da publicidade
O assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia evitou nesta sexta-feira, 17, responder se o ex-deputado Márcio Macedo (PT-SE) terá uma posição definitiva como tesoureiro do PT ou um mandato-tampão. Ao deixar a sede do partido em São Paulo, Garcia disse apenas que o 5º Congresso Nacional da legenda, a ser realizado em junho, tem soberania e "pode decidir qualquer coisa".
Ele fez também uma defesa do ex-tesoureiro João Vaccari Neto. "Ele está sendo substituído porque achou por bem deixar suas funções. Não há nenhuma crítica, pelo contrário, a nossa posição é de que todo o mecanismo de arrecadação que Vaccari realizou é um mecanismo adequado, dentro da lei", afirmou.
Garcia também foi perguntado sobre as doações empresariais à sigla. O assessor especial da Presidência da República afirmou que o presidente nacional da agremiação, Rui Falcão, dará os esclarecimentos sobre o que foi decidido na reunião do diretório mas defendeu que o PT tem condições de se sustentar sem doações de empresas. "Um partido com 1,7 milhão de filiados e milhões de eleitores pode, perfeitamente, se financiar."
Impeachment
Continua depois da publicidade
Perguntado sobre iniciativas da oposição de estudar as chamadas "pedaladas fiscais" como motivo para pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Garcia disse que o PSDB está "esperneando". "Eles estão esperneando e estão em dúvida sobre o futuro porque, entre outras coisas, contavam que as manifestações de rua viriam em benefício do partido (PSDB), o que não parece ter sido o caso", disse.
O assessor especial da Presidência acrescentou ainda que essas argumentações da oposição sobre o impeachment não são apenas um problema do PT, mas também do governo. "O Adams (Luís Inácio Adams, advogado-geral da União) já disse que não tem procedência isso", declarou.
Continua depois da publicidade
'DNA'
Garcia fez um breve comentário, ao ser perguntado, sobre a afirmação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de declarou em palestra que quem comete ilícitos tem o "DNA do roubo" e que não é a alteração do sistema que inibirá atos irregulares. Mendes citou escândalos do mensalão e da Petrobras. "Eu não sou biólogo para saber o que está no DNA. Ele deve saber melhor que eu", provocou.