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Alvo da Operação Lava Jato, o senador Fernando Collor (PTB-AL) chamou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de "chantagista" por ele ter pedido a quebra do seu sigilo fiscal e bancário. "Essa conduta, para mim, tem nome. O nome dessa conduta é chantagem. Só que o sr. Janot, o chantagista, comigo não se cria: estiola", disse.
Em discurso feito na tarde desta quarta-feira, 20, na tribuna do Senado, Collor afirmou que Janot decidiu fazer a solicitação ao Supremo Tribunal Federal (STF) depois de ter vindo a público a notícia de que ele havia protocolado quatro representações no Senado que poderiam resultar no impeachment do procurador-geral.
O senador, entretanto, apresentou os requerimentos no dia 12, e os pedidos de quebra de sigilo de Janot chegaram ao Supremo cinco dias antes, no dia 7. A quebra de sigilo foi autorizada na última segunda-feira e será usada pelos investigadores para checar eventuais depósitos mencionados pelos delatores da Lava Jato.
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Desde que virou um dos 50 investigados no STF por suposto envolvimento em desvios na Petrobrás, Collor tem acusado o procurador-geral de agir sem critério ao fazer suas acusações.
A Polícia Federal, porém, encontrou no escritório do doleiro Alberto Youssef em São Paulo comprovantes de depósitos bancários de dinheiro destinados a Collor. O próprio Youssef, posteriormente, afirmou em sua delação ter feito vários depósitos para o senador.
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