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A coligação do candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, divulgou nota na tarde desta sexta-feira, 24, defendendo que seja apurado na Procuradoria-Geral da República (PGR) o conteúdo do depoimento do doleiro Alberto Youssef à Justiça Federal. Segundo a revista Veja, Youssef declarou que a presidente Dilma Rousseff e seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sabiam do esquema de corrupção montado na Petrobras.
Assinada pelo coordenador jurídico da campanha tucana, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), a nota diz que as informações são "extremamente graves" e exigem "ações efetivas para uma rápida e eficaz investigação dos fatos".
"Não só a normalidade das eleições é colocada sob suspeita quando se aponta a possibilidade de uma campanha eleitoral ser irrigada com milhões de reais de origem ilícita, mas, também, e principalmente, a legitimidade dos Poderes constituídos e da democracia brasileira", diz o texto da nota conjunta que inclui DEM, PSDB, PPS, Solidariedade e o PSB.
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A coligação ressalta que está encaminhando uma representação junto à PGR pedindo o aprofundamento das informações prestadas pelo doleiro "para fins de se apurar a prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro, prevaricação e formação de quadrilha ou bando (associação criminosa), dentre outros."
Na avaliação dos partidos aliados do candidato do PSDB, a "excepcionalidade dos fatos" pede que a apuração se realize com prioridade. "Neste momento em que os procederes da Presidente da República, Dilma Rousseff, e do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva são colocados em dúvida, é preciso que as instituições públicas, notadamente a Polícia Federal, o Ministério Público e o Congresso Nacional cumpram seus papéis institucionais para resgatar, no menor prazo possível, a confiança do povo brasileiro", finaliza o texto.
PPS
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Em nota adicional, o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), afirma que a presidente Dilma Rousseff não pode "desqualificar" as denúncias feitas pelo doleiro. "Neste momento Dilma não pode desqualificar os delatores do esquema", defendeu o dirigente. Para Freire, Dilma e Lula tinham conhecimento do esquema porque eram os responsáveis pela nomeação dos diretores da Petrobras. "O Brasil corre o risco de reeleger uma presidente que talvez começará o mandato com uma suspeita de envolvimento no escândalo da Petrobras", disse Freire.