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O secretário municipal de Educação de São Paulo, Gabriel Chalita afirmou nesta quarta-feira, 24, que "forças do mal" estão agindo contra ele com o objetivo de prejudicá-lo na eleição municipal de 2016, em referência à investigação do Ministério Público Estadual (MPE), que pediu quebra dos sigilos do político.
"A gente está perto das eleições, então algumas forças do mal se unem para tentar requentar histórias absolutamente vencidas", afirmou o secretário, que não confirma quem seriam estas forças e nem se sairá candidato a prefeito ou a vice de Fernando Haddad (PT) no pleito do próximo ano.
O jornal O Estado de S. Paulo revelou nesta quarta-feira que o MPE pediu à Justiça a quebra dos sigilos bancário e fiscal do secretário para dar continuidade às investigações que o colocam como suspeito de crimes de corrupção lavagem de dinheiro, peculato, fraude a licitação e formação de quadrilha, que teriam sido praticados quando ele foi secretário estadual da Educação, entre 2002 e 2005, no governo Geraldo Alckmin (PSDB).
Para o secretário, a quebra de sigilo não vai apresentar nenhuma mudança. "Essa é uma história muito antiga, que saiu na outra eleição. E eu ofereci o meu sigilo, levei para o Ministério Público (Federal). Abri tudo, tudo foi analisado, e tudo foi arquivado. Então, não vão encontrar nada."
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Chalita criticou a atenção dada ao assunto e afirmou que a ação do promotor é "para dar uma matéria no jornal". "Se tivesse um indício, eles teriam aberto uma ação. Passaram-se três anos, arquivou-se tudo e aí surge isso de quebra de sigilo. Meu sigilo já tinha sido quebrado, isso é para dar uma matéria de jornal", disse.
Investigação
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Uma das principais suspeitas é de que a reforma da cobertura dúplex de Chalita, comprada em 2005 e avaliada na época em R$ 4 milhões, foi paga com dinheiro de propina. Segundo o MPE, o custo total foi de US$ 600 mil. Só a automação e instalação do home theater saiu por US$ 79 mil, que teriam sido pagos por Chaim Zaher por meio de contas abertas em nome de empresas offshore. O empresário é dono do grupo SEB (antigo COC), que engloba várias editoras que tiveram livros comprados pela secretaria. Ele também sempre negou qualquer tipo de irregularidade.
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