Política

Carlinhos Cachoeira aguarda transferência para Casa de Prisão Provisória

Carlinhos Cachoeira não conseguiu ver sua mulher, Andressa Mendonça e almoçou sozinho numa cela vazia neste sábado.

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 09/12/2012 às 03:32

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, passou o sábado (08) sozinho na carceragem da Polícia Federal, em Goiânia. Preso e condenado a 39,8 anos de cadeia pela Operação Monte Carlo, Carlinhos Cachoeira não conseguiu ver sua mulher, Andressa Mendonça, almoçou sozinho numa cela vazia, e ficou à espera de uma transferência para Casa de Prisão Provisória (CPP), em Aparecida de Goiânia (GO), que pode ser adiada para segunda-feira.

Silenciosa e cabisbaixa, Andressa apareceu às 12h10. Deixou uma sacola com roupas para o futuro marido - se casam no dia 22 - e evitou as câmeras e as entrevistas. Um pouco antes, às 10h30, o almoço de Carlinhos Cachoeira, o único preso no prédio, foi entregue numa marmita contendo arroz feijão, salada e strogonoff de frango.

E, pelo segundo dia seguido, os advogados evitaram falar sobre o assunto, embora já se saiba que buscam um habeas corpus para livrá-lo da cadeia. Além de Carlinhos Cachoeira, tido como chefe da máfia dos Caça-Níqueis em Goiás, outras sete pessoas também foram condenadas pela Operação Monte Carlo.

Ordem Pública

Na sentença a Cachoeira, o juiz Aderico Rocha Santos entendeu que "o réu colocou em risco a ordem pública de tal forma que sua liberdade se constitui na desmoralização das instituições públicas, que foram controladas pelo mesmo e utilizadas em seu benefício para a prática de crime", diz o juiz na sentença.

Diante da existência de "risco ponderável e concreto", de repetição de ação delituosa, decretou a Prisão preventiva de dois anos, mais cautelar de fiança no valor de R$ 10 milhões. "É que o referido acusado já permaneceu preso por quase nove meses e a prisão por mais dois anos é o suficiente para afastar o sentimento de impunidade", escreveu o juiz.

Cachoeira foi condenado a 39,8 anos de cadeia pela Operação Monte Carlo (Foto: Divulgação)
Ações e Condenações

Ele tem outras duas condenações. A mais antiga, na 29ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, onde foi condenado a oito anos e nove meses de detenção e dois anos de reclusão.

Também foi condenado a cinco anos de reclusão na Operação Saint Michel, na 5ª Vara do Tribunal de Justiça do Federal e Territórios (TJDFT), em Brasília(DF), na ação penal (2012.01 1051164-), e está em liberdade graças a um habeas corpus do TRF1, da semana passada.

Ainda responde a Termo Circunstanciado de Ocorrência-TCO (20/2012) na DPF em Brasília (DF) por desobediência, desacato e incitação criminosa, ocorrido durante sua permanência na carceragem da PF em Brasília (DF), crimes que estão sendo apurados pelo 2º Juizado Especial Criminal Federal do DF.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• PM e Polícia Civil prendem dois homens por saidinha de banco

• PF encerra inquérito sobre a Operação Porto Seguro

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software