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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, vai se encontrar com o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, para saber o andamento do pedido que fez para ter acesso às informações prestadas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa sobre a Operação Lava Jato, por meio de acordo de delação premiada com a Polícia Federal.
O envolvimento de políticos em um esquema de propina na Petrobras foi noticiado no último fim de semana. Segundo a revista Veja, o ex-diretor da estatal citou nomes de parlamentares, de um ministro e de três governadores, que teriam participação em um esquema irregular de negócios da petrolífera com outras empresas.
“É tudo muito novo, é a primeira vez que ocorre uma delação com essas características”, disse Cardozo, referindo-se ao fato de as citações envolverem pessoas com foro privilegiado. Por isso, o inquérito policial foi encaminhado para a procuradoria-geral e para o Supremo Tribunal Federal.
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O ministro do Supremo Teori Zavascki autorizou o acesso aos documentos à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, que também investiga o caso, embora o inquérito esteja sob sigilo judicial.
Segundo o ministro, a decisão de compartilhar os dados cabe às autoridades, mas a avaliação do governo é que o Poder Executivo deve ter conhecimento das declarações prestadas para que “medidas corretivas” sejam tomadas.
Ao sair da cerimônia de posse do ministro Ricardo Lewandowski na presidência do Supremo Tribunal Federal, o ministro da Justiça disse que tinha outros assuntos a tratar com Janot e estará com ele “seguramente amanhã”, caso não seja possível ainda hoje.
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