Política

Cardozo diz que prestar esclarecimento ao Parlamento é dever de ministros

“Já fui muitas vezes ao Parlamento e não vejo nenhum problema em comparecer. Tem gente que acha que isso é um problema. Pelo contrário, acho que é correto, que é devido”, afirmou

Publicado em 10/07/2015 às 16:39

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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo disse hoje (10) que é dever tanto de ministros como de agentes públicos prestar ao Parlamento esclarecimentos sobre assuntos de interesse público.

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A declaração foi feita a propósito de sua convocação pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás. Eles falou aos jornalistas durante entrevista realizada, no Ministério da Justiça (MJ), durante o lançamento do novo passaporte brasileiro.

“Já fui muitas vezes ao Parlamento e não vejo nenhum problema em comparecer. Tem gente que acha que isso é um problema. Pelo contrário, acho que é correto, que é devido”, afirmou.

Acrescentou que não se sente surpreso com a convocação. “Não vejo nenhum problema e não me considero surpreso. Acho absolutamente normal”.

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“Não vejo nenhum problema e não me considero surpreso. Acho absolutamente normal” (Foto: Agência Brasil)

Ontem (9), deputados da CPI da Petrobras aprovaram, em bloco, 73 requerimentos de convocações de autoridades e outras pessoas envolvidas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. .

Além da convocação do ministro, foi aprovada também a do empresário Júlio Camargo; da advogada Beatriz Catta Preta, que defende a maioria dos delatores investigados; do empresário Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano; e do policial Jaime de Oliveira, acusado de transportar dinheiro de propina a serviço do doleiro Alberto Youssef.

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Antes de a sessão começar, já havia acordo para aprovação da convocação de Cardozo, Camargo e Baiano. O ministro da Justiça deverá ser questionado sobre o grampo ilegal encontrado na cela de Youssef.

Ao ser questionado se a sua convocação seria uma forma de poupar os ministros que trabalham no Palácio do Planalto, Cardozo disse que vê no ato de ir ao Parlamento um dever. “A mim não cabe entrar neste mérito. Francamente acho que é dever do ministro ir ao Parlamento. Não vejo porque a minha ida mudaria algum roteiro de investigação da CPI”, acrescentou.

O ministro negou também que se sinta abandonado pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Sobre a atuação da PF em investigações, afirmou que seu papel como ministro da pasta está sendo cumprido. “Eu cumpro o meu papel de ministro da Justiça que garante por convicção e por respeito à Constituição, autonomia de investigação da PF”. Ele afirmou também que vem recebendo apoio do partido. “Recebi da bancada de deputados do PT um manifesto de apoio, inclusive à minha conduta”.

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O ministro disse ainda que age com rigor com relações a questões disciplinares e que, inclusive, já realizou diversas demissões. “Foram muitas as demissões que pratiquei na Polícia Federal e na Polícia Rodoviária Federal diante de desmandos comprovados e mediante situações apuradas pela corregedoria. Talvez eu tenha sido o ministro que mais demitiu por infrações disciplinares nos últimos tempos”.

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