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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, chamou o movimento pró-impeachment de deputados oposicionistas de antidemocrático. "É triste verificar que pessoas ainda não têm a percepção que democracia no Brasil veio para ficar", afirmou, nesta quarta-feira (9).
Ao criticar o movimento encabeçado por líderes oposicionistas da Câmara, o ministro -um dos mais próximos da presidente Dilma Rousseff- classificou a ação como uma "tentativa de induzir a um processo que não tem base jurídica".
Nesta quarta (9), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) deu aval para que um grupo de deputados da oposição colha assinaturas para uma petição defendendo ativamente o impeachment da presidente Dilma, embora tenha decidido não assumir um papel de protagonista no movimento.
Nesta quinta (10), será lançado um site e uma petição eletrônica sobre o assunto. A intenção dos parlamentares é garantir apoio popular para ajudar a pressionar mais deputados a aderirem à ideia de afastamento de Dilma.
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"Impeachment não é uma discussão de conveniência das pessoas. É um processo jurídico-político que exige base para ser feito. Se algumas pessoas não concordam com o resultado eleitoral, que expressem suas opiniões. Agora, tentar induzir a um processo que não tem a menor base jurídica, não me parece aceitável. Cada um deve saber que a democracia se constrói na urna e respeitar resultados eleitorais é da democracia", afirmou.
A declaração foi feita após audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara, da qual Cardozo participou nesta manhã para debater os conflitos indígenas que têm ocorrido no país e as soluções que o governo federal tem implementado para evitá-los e garantir a segurança de proprietários e índios.
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