Política

Candidatos homenageiam Campos e evitam ataques

O programa do PSB usou imagens e discursos de Eduardo Campos e só mostrou Marina Silva, candidata a vice-presidente, em uma cena aos abraços com o ex-governador pernambucano

Publicado em 19/08/2014 às 14:56

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Os principais candidatos à Presidência da República evitaram críticas diretas entre eles no primeiro dia de campanha eleitoral no rádio e na televisão e fizeram homenagens ao candidato do PSB Eduardo Campos, que morreu no último dia 13 em um acidente aéreo em Santos (SP). Aécio Neves, candidato do PSDB e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no programa da candidata do PT, Dilma Rousseff, lembraram do ex-governador pernambucano. O programa do PSB colocou no ar falas e imagens de Campos durante a campanha.

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O programa do PSB usou imagens e discursos de Eduardo Campos e só mostrou Marina Silva, candidata a vice-presidente que deve assumir a cabeça de chapa, em uma cena aos abraços com o ex-governador pernambucano. O tucano Aécio Neves lembrou que conheceu Campos quando eles acompanhavam seus avôs na campanha pelas eleições diretas no início da década de 80. No programa do PT, o responsável por mencionar Campos foi o ex-presidente Lula, que disse ter um "afeto de pai e filho" com o ex-governador de Pernambuco.

Boa parte das coligações exibiram na TV praticamente o mesmo programa que foi ao ar nas transmissões de rádio, no início da manhã. Foi o caso da coligação que tem Aécio Neves à frente. Em uma crítica ao governo, ele disse que o Brasil está pior do que estava há quatro anos e prometeu fazer uma administração que gaste menos com o custeio da máquina pública e mais com as pessoas. "O problema não é o Brasil, mas a forma como ele é governado e quando o governo vira problema, tudo vira problema", afirmou o candidato do PSDB. Durante quase todo o programa, Aécio apareceu de terno, fazendo um discurso à população que o acompanhava via TV e smartphone em vários pontos do Brasil. No final, com citações a várias regiões, Aécio convidou os brasileiros a aderirem à sua campanha.

O programa do PSB colocou no ar falas e imagens de Campos durante a campanha (Foto: Matheus Tagé/DL)

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Com maior tempo de propaganda eleitoral, a candidata Dilma procurou mostrar realizações do governo do PT tanto na área econômica quanto na social. O programa a candidata criticou aqueles que ela chama de pessimistas em relação à situação do País e passou mensagem de que seu primeiro mandato preparou o Brasil para um novo ciclo de crescimento. "Você plantou, você vai colher no segundo mandato. O segundo mandato vai permitir que o Brasil entre em um segundo ciclo de desenvolvimento", afirmou Dilma.

O programa começou com a menção do locutor sobre a crise econômica internacional. O texto afirmou que 60 milhões de empregos foram perdidos em todo o mundo, mas no Brasil houve a criação de mais de 11 milhões de vagas. O programa não deixou de fora a menção aos programas sociais do governo do PT, como o Minha Casa Minha Vida, o ensino técnico e o Bolsa Família e abordou os possíveis benefícios que poderão ser alcançados com a exploração do petróleo da camada pré-sal.

O ex-presidente Lula pediu aos eleitores que votem na presidente "sem nenhum receio". Ele afirmou que seu segundo mandato foi melhor que o primeiro e que Dilma, com a experiência que adquiriu nos últimos quatro anos, tem tudo para fazer o mesmo. Em seguida, Lula disse que muitos eleitores lhe deram uma segunda chance mesmo sem estarem "100% satisfeitos" com seu desempenho nos primeiros quatro anos. "Quero falar a você que está em dúvida (se vota na Dilma): vote sem nenhum receio, tenho certeza de que não vai se arrepender", pediu.

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Com pouco mais de um minuto de propaganda eleitoral, o candidato do PSC, Pastor Everaldo, sintetizou valores defendidos pelo seu partido e propostas no primeiro programa da campanha no rádio e na televisão. O candidato rejeitou a ideia do aborto ao defender "a vida do ser humano desde a sua concepção", condenou a legalização das drogas e se mostrou a favor da família "como está na Constituição brasileira". Ele defendeu cortes na máquina pública e maior participação da iniciativa privada.

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