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Essas são as bandeiras de dois candidatos da Coligação Democrática Unitária (CDU) ao Parlamento, nas eleições do próximo dia 27 de setembro.
A vereadora suplente da Câmara Municipal de Lisboa, socióloga Inês Zuber, e um representante do Partido Comunista Português no Brasil (PCP), engenheiro civil Ildefonso Garcia, visitaram a redação do DL, em campanha para que os imigrantes residentes na Baixada Santista votem neste pleito. Júlio António Delaulay Filipi, também membro da CDU e cidadão português radicado em Santos, acompanhou os candidatos à redação do jornal. Eles compõem partidos de oposição ao atual Governo português, do Partido Social Democrata (PSD).
Entre as propostas dos dois candidatos estão: políticas públicas que auxiliem os imigrantes portugueses distribuídos pelos países do mundo, aumento de verbas para associações da comunidade portuguesa imigrante, reformulação dos consulados instalados no Brasil visando um serviço de mais qualidade aos portugueses e aumento do número de deputados que representa os imigrantes no Parlamento português.
Os dois candidatos concorrem ao Parlamento representando os portugueses que vivem em países fora da União Européia. Ildefonso explica que, atualmente, o Parlamento português possui 230 deputados, mas apenas quatro são eleitos pelos imigrantes. “Dois são eleitos pelos que estão na Europa (eleitores imigrantes) e dois, pelos que estão no resto do mundo”.
Mas, Inês e Ildefonso defendem o fim da separação entre portugueses do círculo europeu e os portugueses do “resto do mundo”. “Todos somos cidadãos portugueses. A remessa financeira (portugueses fora da Europa) a entrar no País (Portugal) é maior do que os fundos estruturais da União Europeia. Somos tratados como portugueses de terceira categoria. Isso nós vamos mudar. Não vamos ficar quietos”, protesta Ildefonso.
Inês afirma que outra proposta da CDU é a difusão da língua e da cultura portuguesa junto às comunidades que moram em outros países. Ildefonso e Inês dizem que existem pelo menos cinco milhões de portugueses espalhados pelo mundo, sendo um milhão só no Brasil.
Considerando esse universo de cinco milhões, Ildefonso diz que o ideal seria um aumento proporcional de cadeiras no Parlamento para os representantes dos imigrantes. “Já que 230 representam os oito milhões de portugueses que vivem em Portugal, o ideal seria a proporcionalidade para os imigrantes”. Porém, ele acha isso inviável e pondera que o Parlamento poderia dispor pelo menos de até dez deputados eleitos pelos imigrantes.
Santos
Delaulay convoca os portugueses que vivem na Região a se inscreverem no consulado para se tornarem aptos a participarem das eleições de Portugal. Para as eleições de 27 de setembro, o prazo já esgotou.
Delaulay afirma que na região de Santos residem cerca de 32 mil portugueses, porém apenas 1.800 estão aptos a votar. Esse ano, 200 cidadãos se inscreveram no consulado, segundo ele. Em Portugal, diferente do Brasil, o voto não é obrigatório.
Voto pelo Correio
Os imigrantes poderão enviar seu voto pelos Correios até o dia 27. De acordo com Ildefonso, os resultados das eleições devem ser divulgados até que todos os votos sejam contabilizados, num prazo de cerca de uma semana após o pleito.
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