Política
Sem citar nomes, Campos disse ainda que, "mais difícil do que saber perder é saber vencer", porque "quem vence tem os instrumentos e ocupa, eventualmente, o chamado poder"
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Em discurso durante solenidade em Carpina (a 50 quilômetros do Recife), o governador de Pernambuco, presidente nacional do PSB e pré-candidato a presidente da República, Eduardo Campos, disse nesta quinta-feira, 9, que existem no governo federal "muitas pessoas boas de conversa", mas que não sabem como transformar esse conversa em melhoria de vida para o trabalhador.
"No governo, tem muita gente que é boa de conversa, mas, para transformar a conversa em melhora na vida de um trabalhador rural, de uma dona de casa, ele não sabe nem como fazer. É mesmo que botar ele para pilotar um avião", declarou. Sem citar nomes, Campos disse ainda que, "mais difícil do que saber perder é saber vencer", porque "quem vence tem os instrumentos e ocupa, eventualmente, o chamado poder". "Se não souber ganhar, tem uma capacidade de prejudicar as pessoas maior do que quem perdeu", afirmou.
Ele não quis comentar o ataque desferido pelo PT contra ele pelas redes sociais na internet - "Não vamos fazer o debate nesses termos" -, mas, no discurso, disse que "jamais" as pessoas o haviam visto "na rádio de Carpina, Nazaré, Limoeiro, na televisão, falando mal de quem quer que seja, agredindo a vida e a honra de qualquer um".
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"Me biram unindo Pernambuco, trabalhando de domingo a domingo para fazer os projetos e transformar em realidade porque o poeta diz muito bem: não há tempo bom para aquele que não sabe para onde quer ir", declarou. Campos afirmou que talento é importante na política, "mas a disciplina, a capacidade de formar equipe não é todo mundo que sabe fazer". "Gente sabe que não é toda universidade que ensina isso", declarou.
Em Carpina, onde assinou ordem de serviço para a construção de uma Unidade Pernambucana de Atenção Especializada (Upae) no valor de R$ 12,2 milhões, o governador de Pernambuco, presidente nacional do PSB e pré-candidato do partido a presidente da República criticou ainda a gestão da saúde no Brasil, hoje administrada pelo ministro Alexandre Padilha, pré-candidato a governador de São Paulo.
"Todas as pesquisas de opinião pública dizem que a saúde é o primeiro problema do Brasil, e é preciso entender por quê", afirmou, para responder em seguida: "É porque a saúde tem hoje um baixo financiamento. Muitas vezes, a gente cuida mais da doença do que da saúde e é mais barato cuidar da saúde do que da doença, e a gente insiste".
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"É como se a gente fosse consertar o telhado de casa no inverno (período de chuva no Nordeste). Conserta no verão (período de estiagem). Temos na saúde de aprender a cuidar da saúde antes de cuidar da doença, que é mais caro e muitas vezes não resolve", declarou.