Política

Campos e Marina iniciam campanha com críticas ao PT

"Não se pode admitir que a 35 quilômetros do Palácio do Planalto num Estado governado pelo mesmo partido, você ande nas ruas de uma comunidade e sequer o lixo é retirado das ruas" afirmou

Publicado em 06/07/2014 às 14:57

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

A Comunidade do Sol Nascente, em Ceilândia, cidade-satélite no entorno de Brasília, foi escolhida pelo candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, e sua vice, Marina Silva (PSB), para dar início à campanha presidencial na manhã deste domingo (6). No local, sob a gestão do petista Agnelo Queiroz, o presidenciável fez críticas às gestões federal e local do Partido dos Trabalhadores.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

"Não se pode admitir que a 35 quilômetros do Palácio do Planalto num Estado governado pelo mesmo partido (da presidente Dilma), você ande nas ruas de uma comunidade e sequer o lixo é retirado das ruas" afirmou.

A Sol Nascente é considerada a maior comunidade carente do Distrito Federal, com população estimada em 100 mil pessoas. Nas ruas onde passou o grupo com militantes e assessores, montes de lixo se acumulam e o esgoto escorre pela via. De acordo com Marina Silva, a escolha do local considerou o conjunto de problemas presentes na área, que estão entre as temáticas do programa de governo do partido. "A escolha não foi em relação a reduto eleitoral de ninguém porque as pessoas são livres. A escolha foi exatamente em função dos temas que nós estamos priorizando", disse.

O presidenciável fez críticas às gestões federal e local do Partido dos Trabalhadores (Foto: Agência Brasil)

Continua depois da publicidade

Em 2010, a então candidata Marina Silva ficou em primeiro lugar no Distrito Federal, com 42% dos votos válidos. No região, entretanto, muitos moradores não os conheciam. O atendente de farmácia Joelson de Oliveira nunca ouviu falar em Eduardo Campos ou Marina Silva e se diz incomodado com a presença de políticos na região em período eleitoral. "Agora vai vir muita gente aqui. Depois da eleição, eles somem", disse.

A opinião é compartilhada por Ana Maria Reis, que vende verduras em uma barraca. "Nesta época, eles aparecem. Fazem promessas e promessas", afirmou. Na rua, um senhor que passou ao lado dos candidatos reclamava: "Agora, todo mundo vem apertar a nossa mão."

Em discurso para os moradores, Marina Silva disse que, se Eduardo for eleito, eles voltarão ao local para fazer um plano de trabalho. "Não estamos fazendo promessa, estamos aqui para assumir um compromisso", disse.

Continua depois da publicidade

Em pouco mais de uma hora de caminhada pela região, Campos e Marina cumprimentaram alguns moradores que observavam a movimentação nas portas de suas casas e ouviram reclamações sobre as condições do local. "Eu fui andando, perguntando a cada um qual era o principal problema e todas as vezes as respostas vinham ao encontro do nosso programa", disse Campos.

O ex-governador de Pernambuco, que fez todo o percurso com um microfone de lapela preso à camisa, sempre acompanhado por uma equipe de vídeo, falou dos problemas de educação, saúde e segurança pública na área. "Essa comunidade do Sol Nascente representa todas as prioridades a que nós chamamos atenção nas nossas diretrizes. (...) O que foi feito aqui foi feito pela força do povo. O que não foi feito aqui era exatamente a parte que caberia aos governos fazer", afirmou.

Na caminhada, a dupla estava acompanhada do senador Rodrigo Rollemberg, candidato do PSB ao governo do Distrito Federal, e do deputado federal Reguffe (PDT), candidato da coligação ao Senado.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software