Política

Campanha nacional do PT em SP vai 'prestar contas'

De acordo com o coordenador de campanha de Dilma no Estado, prefeito Luiz Marinho, as 76 maiores cidades do Estado terão "uma atenção especial"

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 15/08/2014 às 20:29

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A campanha da presidente Dilma Rousseff em São Paulo está organizando uma estratégia para ações especialmente direcionadas ao Estado, que hoje concentra um alto índice de rejeição à candidatura petista e que representa uma parcela fundamental do eleitorado. De acordo com o coordenador de campanha de Dilma no Estado, prefeito Luiz Marinho, as 76 maiores cidades do Estado terão "uma atenção especial". "Vamos organizar nas principais cidades do Estado uma espécie de prestação de contas dirigida", afirmou.

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A estratégia, de quebra, ajuda a campanha do petista Alexandre Padilha no Estado já que a ideia é destacar os investimentos do governo federal em obras realizadas nos municípios paulistas. "Vamos destrinchar e detalhar os investimentos do governo federal em cada cidade", afirmou Marinho.

Segundo o coordenador há inclusive a previsão de gravações para o horário eleitoral destacando o Rodoanel, obra que o adversário de Padilha, governador e candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB), costuma associar a sua gestão. "No Rodoanel terá gravação dizendo: 'aqui nesse Rodoanel foi investido 'x' do governo federal", disse Marinho.

O próprio Padilha reconheceu em agenda hoje em São Bernardo que pretende enfrentar Alckmin reforçando essa estratégia. "Queremos mostrar que as conquistas que São Paulo teve nos últimos anos têm relação direta com o governo federal e com as prefeituras", afirmou Padilha. Marinho rechaçou que a estratégia tenha como objetivo desconstruir a imagem de governos tucanos. "Nós estamos querendo construir a vitória da Dilma. Se vai desconstruir alguém é um efeito colateral", afirmou.

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A campanha da presidente Dilma Rousseff está organizando uma estratégia especial para o Estado (Foto: Divulgação/PT)

Engajamento e espaço

Marinho reuniu nesta sexta-feira, 15, membros do secretariado do prefeito Fernando Haddad em São Paulo para pedir mobilização e engajamento na campanha de Dilma. "É importante nesse processo organizar a militância na capital até para melhorar os indicadores de aprovação do governo do Haddad", afirmou Marinho. A cúpula petista tem afirmado que "não esconderá" a figura de Haddad do processo eleitoral, mesmo com o baixo nível de aprovação do prefeito.

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O coordenador da campanha de Dilma inclusive disse acreditar em uma recuperação da figura do prefeito após a campanha. "Os indicadores de aceitação do governo Haddad, quando terminar a campanha, seguramente serão melhores", disse.

Presente no encontro, que aconteceu em um hotel no centro de São Paulo, o secretário de Relações Governamentais, Paulo Frateschi, afirmou que a reunião teve como objetivo avaliar a atual conjuntura política e afinar os discursos e as ações. Frateschi disse ainda que o encontro reforçou a ideia de que Dilma deve concentrar e dar uma "atenção maior ao Estado". "Até porque a campanha vai se decidir nos grandes centros", disse. O secretário afirmou que há um engajamento de todos os secretários que estavam presentes. "Queremos participar da campanha", afirmou.

Marinho disse, após o encontro com o secretariado de Haddad, que as agendas de Dilma no Estado serão construídas "informando a eles com antecedência" para que todos possam ter espaço no palanque. "Estamos em campanha, pedi (aos secretários): 'senhores vamos trabalhar todos os dias. Passado o luto, é campanha todos os dias, de manhã, de tarde e de noite. (Vamos) acionar os espaços que cada um pode do ponto de vista das relações politicas que se tem nas cidades, essa é a orientação", explicou.

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