Política
Coordenador-geral da campanha, Walter Feldman, informou que a coligação entrará com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral, notificando um crime de ataque cibernético
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O coordenador-geral da campanha de Marina Silva (PSB), Walter Feldman, informou nesta terça-feira, 30, que a coligação entrará na noite de hoje com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), notificando um crime de ataque cibernético e pedindo apuração de provas que foram coletadas em uma investigação preliminar feita pela própria equipe de campanha.
Segundo Feldman, o site oficial da campanha de Marina foi atacado na madrugada do dia 12 de setembro. A investigação preliminar mostrou, ainda de acordo com o coordenador, que 1.365 computadores fizeram 4 milhões de acessos em 16 minutos. A ação teria gerado uma instabilidade e deixado o site fora do ar por cinco horas. "Foi um ataque virulento, contundente e capaz de derrubar qualquer site", disse o coordenador.
Feldman comunicou ainda que essa investigação preliminar feita pela campanha, segundo ele de forma legal, apontou ao menos três instituições públicas de onde teriam partido os ataques: Petrobras, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e prefeitura de Ivoti (RS). Questionado se haveria desconfiança de os ataques poderiam ter partido de adversários políticos, com fins eleitorais de atingir a campanha de Marina, Feldman disse ser cedo para fazer uma afirmação como essa. "Não temos elementos para dizer isso. O nosso requerimento para o TSE é muito cuidadoso. Causa estranheza apenas porque teria acontecido de forma muito organizada e isso tem um custo."
Ainda de acordo com Feldman, a investigação não foi capaz de identificar se foi um computador de cada uma das três instituições identificadas ou "nós" que interligariam a mais máquinas. Mas reafirmou que essas três origens foram identificadas. Para ele, a mais surpreendente é a conexão identificada com a Petrobras, que teria revelado um ataque partindo de um IP (identificação do computador na rede) vindo de um prédio da estatal no Rio de Janeiro. "A investigação demonstra, no mínimo, a abertura da blindagem que os computadores da Petrobras teoricamente deviam ter", disse Feldman.
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O coordenador disse que a prefeitura de Ivoti é comandada pelo PSDB, em resposta aos jornalistas, mas pontuou que isso não significa ainda responsabilidade de qualquer partido sobre a ação. Ele reafirmou que o pedido de investigação ao TSE é justamente para esclarecer o que ocorreu. Feldman explicou também que a campanha decidiu levar o caso ao TSE porque julgou ser o órgão mais adequado dado o teor da investigação e a proximidade das eleições. E justificou a atitude da campanha de conduzir uma investigação preliminar dizendo que seria "vago" apresentar uma reclamação de invasão do site.
Segundo turno
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Feldman comentou brevemente o cenário eleitoral, com avanço da candidata petista Dilma Rousseff e recuo de Marina nas pesquisas. Ele disse não ter "nenhum receio" de Marina ficar fora do segundo turno, repetindo o discurso que havia sido colocado pela própria candidata momentos antes.
O coordenador da campanha de Marina também reclamou dos ataques dos adversários, dizendo que falta escrúpulo e ética à campanha dos concorrentes. Feldman acusou ainda de cinismo o presidente do PT, Rui Falcão. "Esses dias o presidente do PT se disse indignado com ataques feitos pela Marina. Só pode ser uma afirmação cínica, não dá pra acreditar que ele próprio acredite nisso."
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