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A coligação "Unidos pelo Brasil", da candidata à Presidência da República Marina Silva (PSB), protocolou na manhã de ontem uma representação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) e a coligação "Com a Força do Povo". A campanha do PSB contesta a propaganda em que a petista diz que Marina seria contra a exploração de petróleo da camada pré-sal. Marina pede um minuto de direito de resposta no programa da Dilma no horário eleitoral veiculado à tarde e à noite na TV.
Os advogados da campanha da ex-senadora alegam que a propaganda do PT é irregular porque atribui à candidata um posicionamento do qual ela discorda. "(A afirmação) é sabidamente inverídica. A Marina nunca se posicionou contra o pré-sal. E isso induz ao erro", afirmou a advogada da coligação, Gabriela Rollemberg.
Na propaganda do PT, a presidente diz que a luta pela defesa do pré-sal é "particularmente importante porque surgem vozes que ameaçam essa riqueza nacional". "A candidata Marina Silva é uma delas, pois tem defendido o fim da prioridade ao pré-sal. Em termos práticos, isso significaria abandonar ou desacelerar a exploração dessa imensa fonte de riqueza com consequências terríveis para o desenvolvimento do Brasil", diz a petista em seu programa.
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Na sequência, a propaganda mostra os benefícios da exploração do pré-sal e aponta que "ser contra o pré-sal é ser contra o futuro do Brasil". Atores do programa petista questionam o posicionamento de Marina sobre o assunto enquanto surgem imagens de notícias veiculadas na imprensa sobre a questão. "Você viu como o pré-sal será importante para construirmos um Brasil mais forte e independente. Por isso é tão difícil entender o que Marina pretende quando planeja reduzir a importância do pré-sal" diz a propaganda. Na prática, continuam, significaria desperdiçar a "maior oportunidade de desenvolvimento que já tivemos na nossa história".
Ao Broadcast Político, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real, o advogado Ricardo Penteado, que também integra a equipe jurídica da campanha do PSB, informou que a legislação prevê pelo menos um minuto de tempo de resposta. A representação cujo relator no TSE é o ministro Admar Gonzaga, não é em caráter liminar.
A defesa da campanha considera desproporcional os ataques da campanha petista, uma vez que Dilma tem mais de 11 minutos de tempo de TV, enquanto Marina tem pouco mais de 2 minutos para tentar rebater tais acusações. "Priorizar a energia limpa não quer dizer que você vai eliminar os outros meios. O que ela (Dilma) faz é uma grande maldade", declarou Penteado.
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