Política

Câmara vai interpelar advogada que se diz ameaçada, afirma Cunha

Ex-defensora de delatores do esquema de corrupção na estatal, a criminalista atribuiu às supostas ameaças e intimidações veladas sua decisão de abandonar a carreira

Publicado em 02/08/2015 às 17:52

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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) anunciou neste sábado (2) que a advogada Beatriz Catta Preta será interpelada judicialmente para esclarecer a acusação de que foi ameaçada por integrantes da CPI da Petrobras.

Ex-defensora de delatores do esquema de corrupção na estatal, a criminalista atribuiu às supostas ameaças e intimidações veladas sua decisão de abandonar a carreira. A especialista em delação premiada anunciou na semana passada, em entrevistas ao Estado e à TV Globo, que fechará seu escritório.

Eduardo Cunha anunciou que a advogada Beatriz Catta Preta será interpelada judicialmente (Foto: Agência Brasil)

Procuradoria

Segundo Cunha, se ela não esclarecer essas denúncias deverá ser "responsabilizada". O deputado informou que a interpelação judicial será feita pela Câmara, independentemente da convocação da advogada pela comissão parlamentar de inquérito.

"Determinarei à Procuradoria Parlamentar da Câmara que ingresse com interpelação judicial semana que vem, independente da CPI. A Mesa Diretora da Câmara tem obrigação de interpelá-la judicialmente para que diga quais ameaças sofreu e de quem sofreu ameaças", afirmou Cunha em sua conta no Twitter. "A acusação atinge a CPI como um todo e a Câmara como um todo, devendo ela esclarecer ou ser responsabilizada por isso."

Cunha é investigado na Lava Jato em inquérito no Supremo Tribunal Federal que apura crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele nega qualquer envolvimento com o desvio de dinheiro e recebimento de propina no esquema de corrupção na Petrobrás.

Há duas semanas, Cunha rompeu com o governo. Anunciou a decisão depois de o consultor Júlio Camargo, então cliente da advogada, ter dito, em delação premiada, que foi pressionado pelo atual presidente da Câmara a lhe pagar propina de US$ 5 milhões. O deputado acusa o governo de interferir na apuração para fragilizá-lo. 

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