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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deve negar à oposição a imediata instalação da CPI mista da Petrobras. Ele vai alegar que primeiro é preciso resolver questões de ordem apresentadas na última sessão do Congresso, quando foram lidos os requerimentos de criação das CPIs mistas (a da oposição, exclusiva sobre a estatal, e a do governo, ampliada). A próxima sessão do Congresso está agendada para 20 de maio e Renan não demonstra disposição em adiantá-la.
Com esse movimento, Renan abre caminho para um novo recurso da oposição ao Supremo Tribunal Federal (STF). Logo mais, os partidos que integram o "blocão" na Câmara dos Deputados - PMDB, PR, PTB, PSC e SDD - encontrarão com o presidente do Senado para pressionar pela instalação da CPMI. Está consolidada a posição de um novo recurso à Corte, pedindo que a decisão da ministra Rosa Weber, a favor da CPI exclusiva da Petrobras, também valha para uma comissão mista.
Após a reunião com a oposição, Renan vai pedir ao líderes partidários do Senado que indiquem os nomes para compor a CPI, apenas na Casa. Os governistas já avisaram que vão fazer logo suas indicações, em um gesto que contempla as demandas do Palácio do Planalto. Uma investigação apenas no Senado, onde o governo tem maioria e a base aliada é mais fiel, tende a ser menos desgastante para a presidente Dilma Rousseff.
Apesar disso, lideranças da oposição no Senado já sinalizaram a estratégia é atrasar as indicações dos senadores do PSDB e do DEM, num total de três cadeiras. A ideia, assim, é ver instalada a CPI mista.
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