Jair Bolsonaro propõe a devolução das joias polêmicas / Reprodução/Redes Sociais
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou ofício nesta segunda-feira (13) à Polícia Federal dizendo que está à disposição do órgão para prestar depoimento sobre o caso das joias enviadas pela Arábia Saudita e pediu que o TCU (Tribunal de Contas da União) fique com os artigos até que acabem as investigações.
A defesa de Bolsonaro argumentou que tomou a decisão diante das notícias publicadas em veículos de imprensa, "mesmo sem poder afirmar a fidedignidade da informação, já que não recebeu qualquer intimação ou teve ciência de forma oficial, senão pelos veículos de imprensa".
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"O peticionário comparece de forma espontânea perante esta delegacia, colocando-se, desde logo, à total disposição para atender a quaisquer determinações no interesse do esclarecimento da verdade real, especialmente sua oitiva", diz o documento enviado à Delegacia de Crimes Fazendários de São Paulo.
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Na última quinta-feira (9), o ministro do TCU Augusto Nardes proibiu que o ex-presidente use ou venda os artigos de luxo enviados a ele por intermédio do ex-ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia).
Em decisão publicada na noite desta quinta-feira (9), Nardes determinou que Bolsonaro deve preservar "intacto, na qualidade de fiel depositário, até ulterior deliberação desta corte de contas, abstendo-se de usar, dispor ou alienar qualquer peça oriunda do acervo de joias objeto do processo em exame".
O ministro justificou que a medida é importante "considerando o elevado valor dos bens envolvidos e, ainda, a possível existência de bens que estejam na posse de Jair Bolsonaro".
Em outubro de 2021, Albuquerque liderou uma comitiva para um evento internacional na Arábia Saudita.
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No retorno, um assessor do então ministro teve apreendido na Receita no aeroporto de Guarulhos (SP) um conjunto de itens de luxo que inclui colar, brincos, anel e relógio da marca suíça Chopard. O valor desses objetos foi estimado em cerca de R$ 16,5 milhões.
Um segundo estojo ingressou no país sem declaração à Receita e foi incorporado ao acervo pessoal de Bolsonaro. Ele continha relógio, caneta, abotoaduras, um tipo de rosário e anel, também da marca suíça Chopard. Não há estimativa de valor desse segundo pacote.
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