Lula lidera as pesquisas para as eleições a presidente em 2022, com Bolsonaro em segundo / Pedro Ladeira/FP e Miguel Schincariol/AFP
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou nesta sexta-feira (17) a pesquisa Datafolha que mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderando a disputa pela presidência da República no ano que vem.
"Datafolha deu quanto para ele no segundo turno? 60 a 30?", disse o presidente a apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada.
"Tem que ter Datapovo aí", afirmou.
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De acordo com o levantamento, realizado de 13 a 16 de dezembro, o petista ganharia por 59% contra 30% de Bolsonaro. Os votos brancos, nulos ou nenhum estão nos 10%, e quem não sabe, 1%.
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O Datafolha mostra ainda que Lula ganharia de todos seus adversários num eventual segundo turno.
A conversa começou porque um apoiador disse que Lula só pode estar em primeiro lugar nas pesquisas "se for no boteco".
O chefe do Executivo gosta de minimizar pesquisas de intenção de voto, em especial quando não se mostram favoráveis a ele.
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O levantamento, encomendado pelo jornal Folha de S.Paulo, foi feito em 191 cidades com 3.666 eleitores. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
A simulação de segundo turno citada por Bolsonaro mostra dado estável em relação ao da rodada anterior, de 13 a 15 de setembro, quando o placar era 56% a 31%.
Bolsonaro é o principal rival de Lula no primeiro turno. O presidente teria 22% contra 48% do petista.
De acordo com o levantamento, o ex-juiz da Lava Jato filiado ao Podemos, Sergio Moro, aparece tecnicamente empatado com Ciro Gomes (PDT).
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Num cenário de primeiro turno, Moro pontua 9% e Ciro, 7%. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), aparece com 4%.
Além disso, a pesquisa mostra que 60% dos brasileiros dizem não confiar em nada do que fala o presidente, batendo numericamente recorde em seu mandato.
O patamar coincide com o índice de rejeição de Bolsonaro: 60% dizem que não votariam de jeito nenhum nele em 2022.
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No levantamento anterior, feito nos dias 13 a 15 de setembro, a situação de Bolsonaro era semelhante, com 59% de rejeição.
Auxiliares palacianos têm atribuído o mal desempenho de Bolsonaro nas pesquisas ao cenário econômico de alta na inflação e no desemprego.
Por isso, como a Folha de S.Paulo mostrou, o Planalto buscou destravar agenda voltada para reverter rejeição. A principal aposta de aliados de Bolsonaro é que, com o Auxílio Brasil de R$ 400, a situação do presidente nas pesquisas melhore.
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Aprovada no Congresso a PEC dos Precatórios, que driblou o teto de gastos para aumentar o espaço orçamentário no ano eleitoral, o governo já começou a pagar o benefício do sucessor do Bolsa Família com o novo valor no último dia 10.
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