Bolsonaro almoça em buffet em Davos / Alan Santos/Presidência da República
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta sexta-feira (26), que não existe fome "pra valer" no Brasil e que é "conversa mole" a promessa do ex-presidente Lula (PT) de que, caso eleito, o brasileiro vai voltar a comer "picanha".
As duas declarações foram dadas em entrevistas em São Paulo. A primeira no Ironberg podcast, e a segunda, em conversa com empresários nesta manhã.
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"Acreditar nessa conversa mole de que você vai ter tudo, que eu vou passar a gasolina pra R$ 3. De que vai todo mundo comer picanha todo fim de semana. Não tem filé mignon pra todo mundo!", disse o chefe do Executivo.
A fala do petista foi feita na noite de quinta (25), em entrevista ao "Jornal Nacional", da TV Globo.
Lula citou o corte de carne bovina como um exemplo de luxo ao qual o brasileiro terá acesso caso ele volte ao Palácio do Planalto.
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"É a única razão pela qual eu quero voltar a ser presidente, é a de consertar esse país", disse o petista. "Esse país tem que voltar a crescer, tem que voltar a ser feliz, tem que voltar a gerar emprego. O povo, eu digo sempre: o povo tem que voltar a comer um churrasquinho, a comer uma picanha e tomar uma cervejinha."
À tarde, Bolsonaro repetiu a fala, afirmando que "a esquerda vende a ilusão de picanha pra todo mundo". "Não tem filé mignon pra todo mundo", reforçou ele em entrevista de três horas ao programa "Pânico", da rádio Jovem Pan.
Tanto na entrevista à rádio, quanto ao podcast, Bolsonaro relativizou a fome no país, apesar dos 33 milhões nesta situação, segundo pesquisa divulgada pela Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional) e executada pelo Instituto Vox Populi.
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"Fome pra valer, não existe, como da forma que é falado. O que que é extrema pobreza? Você ganhar US$ 1,9 por dia, isso da R$ 10. O Auxílio Brasil são R$ 20 por dia. Quem por ventura está no Mapa da Fome pode se cadastrar e vai receber", disse no podcast especializado em esporte de alta performance.
Ele negou o dado dos 33 milhões, e admite que perde votos ao falar. "O que a gente pode dizer, se for a qualquer padaria, não tem ninguém pedindo pra comprar pão. Não existe. Eu falando isso to perdendo votos, mas a realidade não pode deixar de dizer", afirmou.
Em agenda em São Paulo, Bolsonaro ainda participará da tradicional festa de rodeio de Barretos, no interior paulista.
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VOLTOU ATRÁS
O presidente Jair Bolsonaro (PL) recuou de sua declaração sobre a fome no Brasil e afirmou, neste sábado (27), que o país "passa fome". O atual mandatário participou de motociata em Vitória da Conquista, no interior da Bahia.
"Com a pandemia e com a guerra o Brasil passa fome", disse Bolsonaro em discurso a apoiadores.
Em entrevista na sexta (26), o chefe do Executivo relativizou a fome no país, afirmando que não existe fome "pra valer" no Brasil.
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"Fome pra valer, não existe, como da forma que é falado. O que que é extrema pobreza? Você ganhar US$ 1,9 por dia, isso da R$ 10. O Auxílio Brasil são R$ 20 por dia. Quem por ventura está no Mapa da Fome pode se cadastrar e vai receber", disse Bolsonaro.
Segundo pesquisa divulgada pela Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional) e executada pelo Instituto Vox Populi, 33 milhões de pessoas passam fome no Brasil hoje.
Ele também negou o dado e admitiu que perde votos ao falar. "O que a gente pode dizer, se for a qualquer padaria, não tem ninguém pedindo pra comprar pão. Não existe. Eu falando isso to perdendo votos, mas a realidade não pode deixar de dizer", afirmou em entrevista a um podcast na sexta (26).
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Ainda em seu discurso neste sábado (27), Bolsonaro afirmou que não admitirá "qualquer ação contra a nossa democracia ou contra a nossa liberdade".
"Nós somos da paz, somos do bem, mas somos guerreiros também e tudo faremos com aqueles que querem roubar a nossa democracia."
"A democracia se faz no voto, no voto transparente, no voto confiável", seguiu o presidente.
Bolsonaro estava acompanhado do ex-ministro da Defesa Braga Netto, que será seu vice na chapa, e do ex-ministro João Roma, candidato a governador da Bahia que conta com apoio do presidente.
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