Política

Bolsonaro diz que houve fraude em 2014, Aécio nega, ele ataca TSE e xinga Barroso de 'imbecil'

Em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro ainda atacou o presidente da corte eleitoral e ministro do STF

Folhapress

Publicado em 09/07/2021 às 15:01

Atualizado em 09/07/2021 às 18:27

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Marcello Casal Jr./Agência Brasil

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disparou nesta sexta-feira (9) uma nova rodada de ameaças contras o processo democrático brasileiro e, sem aprovar qualquer prova, afirmou "a fraude eleitoral está no TSE (Tribunal Superior Eleitoral)".

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Em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro ainda atacou o presidente da corte eleitoral e ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, a quem chamou de "idiota" e "imbecil".

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"A fraude está no TSE, para não ter dúvida. Isso foi feito em 2014", declarou o mandatário, repetindo a acusação infundada de que o então candidato Aécio Neves (PSDB) teria vencido o pleito contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

A afirmação de Bolsonaro foi contestada pelo próprio Aécio, que disse não acreditar que tenha existido fraude naquela eleição.

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Após apresentar a apoiadores uma teoria para justificar sua alegação de fraude, Bolsonaro criticou o relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu provável adversário na eleição ano que vem.

O mandatário repetiu ainda ameaças de que, nos sistema atual, o Brasil pode não ter eleições em 2022.
"Então isso é fraude, é fraude, é roubalheira. Vocês acham que o Renan Calheiros, por exemplo, se pudesse fraudar a votação ele fraudaria pelo caráter que ele tem? A única forma de bandidos com Renan Calheiros se perpetuarem na política, entre outros que estão do lado dele, o nove dedos, é na fraude", afirmou Bolsonaro, referindo-se de forma pejorativa a Lula.

"Não tenho medo de eleições, entrego a faixa para quem ganhar, no voto auditável e confiável. Dessa forma [atual], corremos o risco de não termos eleição no ano que vem", acrescentou.

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O presidente brasileiro tem feito repetidas ameaças contra as eleições, numa radicalização de discurso que coincide com pesquisas de opinião que apontam o aumento de sua rejeição e o favoritismo de Lula no pleito de 2022.

Nesta sexta, Bolsonaro também disse que "já está certo quem vai ser presidente ano que vem". "Já está ecrto quem vai ser [presidente], como está aí. A gente vai deixar entregar isso?", questionou seus apoiadores.

Na quinta (8), Bolsonaro já havia feito ameaças. Ele declarou: "Eleições no ano que vem serão limpas. Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições".

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A principal estratégia do presidente é questionar a segurança das urnas eletrônicas, sistema usado desde 1996 e considerado eficiente e confiável por autoridades e especialistas no país.O próprio Bolsonaro foi eleito para o Legislativo usando o sistema em diferentes ocasiões, assim como venceu o pleito para o Palácio do Planalto em 2018 da mesma forma.

Bolsonaro defende a adoção do voto impresso -segundo ele, auditável. Tramita no Congresso uma proposta nesse sentido, mas a ideia conta com oposição de uma coalizão de partidos, alguns deles da própria base de Bolsonaro.

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