Bolsonaro / Valter Campanato/Agência Brasil
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (8) que o Brasil "sobreviveu" aos governos petistas por milagre. A fala aconteceu durante encontro no Palácio do Alvorada com lideranças evangélicas, em um esforço para conter o avanço dos adversários sobre esse eleitorado.
Bolsonaro falava sobre a escolha dos seus ministros em 2018, quando foi eleito. Mencionou os ministérios da Infraestrutura, da Agricultura e da Economia e disse que toda essa estrutura era usada para "o mal".
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"Como o Brasil conseguiu a resistir a tudo isso? Foi um milagre, não tem explicação", afirmou.
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Em outros momentos do discurso, Bolsonaro jogou com o temor do retorno do PT. Disse que tomou a decisão de se candidatar, sozinho, em 2014, quando a ex-presidente Dilma Rousseff se reelegeu.
"Quando as eleições em 2014 acabaram e uma presidente foi reeleita, pensei: 'aonde vamos?'. Essa agenda dessas pessoas avança cada vez mais sobre as pessoas de bem", declarou.
Bolsonaro aproveitou para também falar a respeito da viagem que fez à Rússia, dias antes da invasão à Ucrânia. Afirmou que as quase três horas de conversa entre ele e o presidente Vladimir Putin ficaram apenas entre os dois e seus intérpretes.
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"A mensagem disso tudo é que o mundo está todo conectado. O que acontece a 20 mil quilômetros de distância tem influência sobre nós. Não é fácil tomar decisões em uma situação como essa, mas temos aqui 210 milhões de pessoas que vivem ou sentem as consequências de qualquer medida que por ventura eu venha a tomar", acrescentou.
O presidente Jair Bolsonaro está recebendo no Palácio da Alvorada lideranças evangélicas, entre parlamentares e pastores. Antes da sua fala, o pastor Silas Malafaia discursou na mesma linha e disse que, nas gestões petistas, imperava a "cultura da corrupção".
O encontro acontece em meio aos esforços para se contrapor a ofensiva de aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segmento evangélico.
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De acordo com o último Datafolha, em fevereiro, 39% desse eleitorado votaria com Lula, e 33% com Bolsonaro.
Lideranças afirmam que a reunião desta terça será para "fazer a foto" e passar a imagem de união do segmento em torno de Bolsonaro. É uma resposta aos movimentos de outros pré-candidatos, que têm tentado se aproveitar dessas fissuras para se aproximar.
Para ir além da foto, no entanto, deputados afirmam que Bolsonaro precisa mudar de postura e dar sinais objetivos de que prioriza essa base.
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