Política

Bolsonaro deixará Lula quase sem verba para obras em áreas de risco em 2023

Os dados foram levantados pela coluna no sistema Siga, do Senado Federal, que tem como base o Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal)

Jeferson Marques

Publicado em 15/11/2022 às 17:15

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Sérgio Vale/Agência de Notícias do Acre/AB

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O ano de 2022 foi marcado por tragédias após chuvas e também por apelos por obras de gestores públicos e especialistas. Mas, mesmo diante do cenário de 457 mortes somente nos cinco primeiros meses deste ano, 2023 terá o menor orçamento federal para obras de encostas e de prevenção: a previsão é 95% menor. 

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A coluna comparou o valor previsto ano a ano para a rubrica de "Apoio a Execução de Projetos e Obras de Contenção de Encostas em Áreas Urbanas". A verba proposta pelo MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional) para o próximo ano é de apenas R$ 2,7 milhões, a menor para esse tipo de obra desde a criação da rubrica, em 2012.

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Em 2012, ano em que mais se colocaram recursos para apoiar obras, o valor autorizado de gastos foi de R$ 997 milhões (corrigidos para junho de 2022 pelo IPCA, considerada a inflação oficial). 

Para 2022, o governo colocou R$ 53,9 milhões no orçamento com essa mesma rubrica, o que representa um corte de 94,9%. Desse total, R$ 37 milhões já foram empenhados.

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Os dados foram levantados pela coluna no sistema Siga, do Senado Federal, que tem como base o Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal). No caso de 2023, o valor proposto consta no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) do MDR, enviado ao Congresso.

Somente até maio deste ano, 457 pessoas morreram em enxurradas, deslizamentos e outros desastres decorrentes das chuvas no país, o que representa 26% do total registrado nos últimos dez anos, segundo dados da CNM (Confederação Nacional de Municípios). Entre 2013 e maio de 2022, foram 1.756 mortes. 

As duas maiores tragédias causaram grande comoção até fora do país: em fevereiro, Petrópolis (RJ) teve um saldo de 233 mortes por conta de deslizamentos. Em maio, as chuvas levaram a deslizamentos de barreiras no Grande Recife e deixaram ao menos 100 mortos.

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