Política

Barroso: 'Se pudesse escolher, entraria no STF depois do mensalão'

O novo ministro deve participar dos julgamentos dos recursos dos condenados no processo

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 07/06/2013 às 19:56

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso afirmou nesta sexta-feira que não está indo para o Supremo para julgar o mensalão. Nomeado nesta sexta pela presidente Dilma Rousseff para assumir o cargo, Barroso disse que "se pudesse escolher, entraria no STF depois do mensalão". O novo ministro deve participar dos julgamentos dos recursos dos condenados no processo do mensalão.

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"Gostaria que o País virasse rapidamente esta página", disse, em entrevista coletiva. "Eu, sobre o mensalão, não gostaria de emitir nenhum juízo novo", enfatizou.

Questionado se teria feito uma crítica ao STF, ao afirmar, durante sabatina no Senado, que o julgamento do mensalão foi "um ponto fora da curva", Barroso disse que a declaração foi apenas um comentário. "Se era isso o que achava quando escrevi, não retiro não", disse. A declaração de Barroso foi feita nesta semana, durante sabatina para aprovação de seu nome pelo Senado, quando ele avaliou que o STF endureceu durante o julgamento do mensalão, sendo mais rigoroso.

Durante a entrevista desta sexta, no entanto, ele afirmou que "uma coisa é um acadêmico comentar decisão judicial, sem a responsabilidade de quem tem o dever de decidir e sem ter visto os autos".

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Barroso foi  nomeado nesta sexta pela presidente Dilma Rousseff para assumir o cargo de ministro do STF (Foto: DIvulgação)

Segundo ele, na conversa que teve com a presidente Dilma Rousseff, antes da indicação de seu nome para o cargo do STF, em momento nenhum se falou sobre a ação penal 470 (AP 470 - a ação do mensalão). "Nem remotamente falamos sobre a AP 470", disse.

Questionado sobre se, ao longo dos anos em que foi cotado para ser ministro do STF, inclusive no governo Lula, esteve com o ex-ministro José Dirceu, Barroso disse que nunca conversou com ele sobre vaga no STF. Ele contou que esteve com Dirceu apenas uma vez, em 2005, para tratar de assuntos relacionados à reforma da previdência.

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