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Alvo de críticas veladas na posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, o ex-presidente da Corte Joaquim Barbosa não compareceu ao evento realizado na tarde desta quarta-feira. De acordo com a assessoria do STF, Barbosa, que se aposentou no último mês de julho, foi convidado para a cerimônia. O convite de ex-ministro seria uma praxe adotada pelo cerimonial em ocasiões como a posse de novos presidentes da Suprema Corte.
Escolhido para fazer o discurso de saudação na posse de Ricardo Lewandowski, o ministro Marco Aurélio Mello criticou indiretamente a gestão anterior. Primeiro a falar, Marco Aurélio ressaltou que cabe ao novo presidente "velar pela harmonia" entre os integrantes da Supremo Corte. A gestão de Barbosa foi marcada por vários atritos em sessões conduzidas pelo ministro, principalmente durante o processo do mensalão em que Lewandowski foi o revisor da ação.
"Compete ao presidente, com força de caráter, velar pela harmonia no colegiado considerados diferentes experiências, estilos e pensamentos. Como sempre digo, ser um algodão entre os cristais, o exemplo maior de tolerância com as ópticas dissonantes, não permitindo que desacordos em votos afetem a interação. Deve coordenar, com a cortesia indispensável, as opiniões convergentes e divergentes na direção do resultado comum que todos almejam", disse Marco Aurélio Mello.
A expressão "algodão entre os cristais" foi usada pelo ministro no final da sessão de abertura do semestre do judiciário, no início de agosto. Na ocasião, Mello, ao falar sobre o ex-presidente do STF, afirmou: "Nosso ministro Joaquim Barbosa não era algodão entre cristais", e completou: "Era aço".
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