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Sete deputados representam a Baixada Santista na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. A baixa representatividade da região, quando comparada com outras do Estado de São Paulo, corre o risco de diminuir nas eleições de outubro devido ao excesso de candidatos.
Levantamento feito pelo Diário do Litoral aponta a existência de 35 pré-candidatos da Baixada para as duas casas legislativas. Santos é a cidade com mais candidatos, 14: nove vão tentar a Assembleia e outros cinco a Câmara Federal.
O número de postulantes de cada partido será definido somente em 30 de junho quando se encerra o período para a realização das convenções partidárias, onde cada legenda encaminhará a lista dos candidatos para a Justiça Eleitoral.
É possível que até a data-limite o número de postulantes diminua, mas a tendência histórica da região é de que esse total não se reduza bastante. Com muitos candidatos lançados em uma região metropolitana, o risco é de eleger poucos deputados, devido à pulverização dos votos (vários candidatos sendo votados em uma região, mas nenhum atingindo o suficiente para ser eleito).
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Caso ocorresse o contrário, poucos candidatos lançados pela Baixada Santista, a região teria muito mais chances de eleger seus representantes na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa.
A questão chega a ser numérica: independentemente da legenda, é muito provável que um candidato só se eleja deputado estadual com mais de 35 mil votos. E o cenário pré-eleitoral da região mostra hoje até vereadores, em primeiro mandato, querendo se lançar nessa disputa. O resultado é a formação de candidaturas com solidez de iogurte.
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As candidaturas com baixa densidade eleitoral podem ser facilmente identificadas se observados vereadores eleitos na Baixada Santista com cerca de 2 mil votos. Inebriados com os holofotes que uma campanha eleitoral propicia, poucos são os que enxergam a dificuldade de multiplicar em mais de dez vezes a potência eleitoral para serem eleitos.
Há casos de vereadores que se lançam candidatos a deputado por outra razão: fixar o nome entre o eleitorado para se reeleger vereador dois anos depois.
Contêineres de votos
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As — sérias — candidaturas para deputado federal se baseiam em dois itens: o postulante precisa ter caminhões de votos à disposição (ter ocupado uma posição ou cargo político de destaque ou forte apoio econômico) ou estar em um partido com bons “puxadores de voto”.
A eleição de 2010 teve um exemplo bem claro desse fenômeno: Francisco Everardo Oliveira, o Tiririca (PR), bateu à casa dos 1.353.820 de votos. Como o Brasil adota um pouco claro sistema de eleição proporcional, o expressivo resultado de Tiririca ajudou a sua coligação (PRB, PT, PR, PCdoB e PTdoB) a eleger pelo menos mais dois candidatos, entre os quais um da região: Protógenes Queiroz (PCdoB), com seus 94.906 votos.
Salvo raríssimas exceções, é pouco provável que alguém venha ocupar uma cadeira na Câmara Federal com menos de 60 mil votos.
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Os pré-candidatos atualmente
Estadual
Santos - Carabina (PR); Douglas Gonçalves (DEM); Marcelo Del Bosco (PPS); Marco Botteon (PSD); Fabião (PSB); Paulo Corrêa Júnior (PEN); Sadao Nakai (PSDB); Telma de Souza (PT); Zequinha Teixeira (PRP)
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São Vicente - Caio França (PSB); Jura (PT); Ferrugem (SDD); Luciano Batista (PTB); Júnior Bozzella (PSDB)
Guarujá - Anderson Bernardes (PMDB); Gilberto Benzi (Pros); Mariângela Duarte (PCdoB)
Cubatão - Ademário Oliveira (PSDB)
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Praia Grande - Cássio Navarro (PSDB)
Peruíbe - Zeca da Firenze (PV)
Federal
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Santos - Beto Mansur (PRP); Bruno Covas (PSDB); João Paulo Tavares Papa (PSDB); Maria Lúcia Prandi (PT); Roberto Mohamed (PSB)
São Vicente - Fernando Bispo (Pros); Paulinho Alfaiate (SDD); Pedro Gouvêa (PMDB); Rogério Barreto (PPS)
Guarujá - Heitor Gonzalez (PTB); Marcelo Squassoni (PRB); Protógenes Queiroz (PCdoB)
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Praia Grande - Alexandre Cunha (PT)
Cubatão - Doda (PSB)
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